Fim da linha para Jack Doohan na Alpine: Piloto já foi sacado por Flavio Briatore, como todos esperavam.
E o que muitos
esperavam aconteceu: Jack Doohan foi removido da Alpine, e para a próxima
corrida, em Ímola, Franco Colapinto assume seu lugar no time francês. A
aventura de Doohan na categoria máxima do automobilismo durou pouco, como
muitos esperavam, ainda mais com Flavio Briatore comandando a equipe francesa,
com o dirigente desde antes mesmo do australiano assumir já dando ares
descarados de que o argentino estar de volta no grid seria mera questão de tempo.
Há críticas sobre como a F-1 costuma ser brutal com alguns pilotos, e isso não é de hoje. Pilotos sempre foram efetivados e demitidos aqui e ali, mas para alguns times, por vezes, o sarrafo é completamente desproporcional e até imediatista exagerado. Nada contra a cobrança por resultados, mas gostaria de saber se certos cartolas renderiam a mesma coisa se seus traseiros fossem colocados na fogueira da mesma maneira como fazem com os pilotos. E Briatore, por assim dizer, não deveria nunca mais estar no grid, pela picaretagem orquestrada em Singapura em 2008. Mas, o italiano não é o primeiro cafajeste a pintar no paddock, e certamente não será o último. Mas depois, quando alguém lembrar porque a F-1 por vezes não é levada a sério, apesar da popularidade, que não venham reclamar...
Ainda mais pelo italiano ter uma postura de desrespeito para com seus pilotos. Ele defenestrou Roberto Moreno para colocar Michael Schumacher na Benetton em 1991 após o alemão impressionar com a Jordan na classificação do GP da Bélgica, chegando a acusar o brasileiro de ser “incapaz” de pilotar um F-1. Tudo tendo como base a indisposição de Roberto durante o GP da França, onde o brasileiro teve um problema estomacal, e chegou a vomitar dentro do cockpit. Mas na mesma Bélgica da estréia de Schumacher, Moreno tinha sido 4º colocado, e ainda feito a melhor volta da prova.
Anos depois, Briatore teria declarado que para ele, pilotos não passam de mercadoria, e portanto, negociáveis e descartados conforme sua vontade. Falta de caráter e honestidade que, lamentavelmente, a F-1 acabou reabilitando permitindo este cretino voltar ao grid. Não que haja santos no automobilismo, mas o mesmo não precisa de certos picaretas que vão além de certos limites. E a julgar pelo fato de Oliver Oakes ter pedido demissão do time nesta mesma semana, de modo que agora Briatore não é apenas mais “conselheiro”, mas de fato o chefe da equipe, pode-se notar que a coisa anda cheirando mal em relação ao cartola. Mas que ninguém fique surpreso com isso. E a remoção de Doohan é apenas a primeira de favas já cantadas de Briatore, e que certamente não será a última.
Desde que Franco Colapinto estreou no lugar de Logan Sargeant na Williams ano passado, o argentino despertou interesses. Mostrou-se extremamente rápido, e claro, o rol de patrocinadores que ele trazia a tiracolo parecia ainda mais atrativo que o próprio piloto. Até a Red Bull se interessou, mas os acidentes sofridos pelo argentino na parte final da temporada, fora a alta soma de dinheiro pedida pela Williams para liberá-lo esfriaram os ânimos do time dos energéticos. Com a Williams já fechada para 2025, infelizmente Franco ficou a pé, mas Briatore conseguiu sua liberação, e desde já, a sorte de Jack Doohan, que seria titular este ano na Alpine, já estava lançada. A questão seria quando ele seria espinafrado do grid, e agora já tivemos a resposta.
Claro que, oficialmente, a Alpine tenta dar um ar de normalidade e “justiça” à seu ato, declarando que cumpriu sua obrigação de dar “oportunidade” ao australiano, e que agora, é Colapinto que terá sua chance, que segundo afirmam, será “avaliado” pelas próximas cinco corridas, de modo que, após isso, sua posição será “considerada”, o que podemos entender que, se ele não render, poderá ser substituído também. Mas, por quem? Doohan teria nova chance e voltaria, ou a Alpine chamaria outro piloto para a vaga? Este tipo de procedimento é altamente questionável na F-1, e em nada ajuda o planejamento de uma escuderia, que acaba enfrentando uma instabilidade interna desnecessária. Mas, infelizmente, por regras das mais imbecis e cretinas que a categoria adota atualmente, em especial a quase total ausência de testes, os pilotos têm pouca chance de se aclimatar a um carro de corrida. A pré-temporada não justifica o nome, com míseros 3 dias, e com apenas um carro na pista, atitude das mais patéticas que já vi, que é mantida mesmo com este tempo exíguo de testes, ainda mais com carros cada vez mais sensíveis na pilotagem como os atuais.
A F-1 sempre foi dura com novatos, no estilo “precisa chegar e arrebentar”, não interessa o que o piloto fez em outros certames antes de chegar lá. Mas antigamente, até mesmo essa impaciência era menor, se comparada aos dias atuais. Haviam pré-temporadas realmente dignas do nome, e os pilotos tinham melhores chances e tempo para compreender os carros, e tentar tirar deles o que fosse possível, e como poderiam conseguir, de modo que, se mesmo assim não dessem conta do recado, pelo menos tinham chances e condições mais justas que nos dias de hoje, onde os tempos ínfimos para isso em nada ajudam o que já era complicado, mas até então, menos injusto.
Mais do que a velocidade de Franco Colapinto, Briatore está é mais interessado nos patrocinadores do argentino. Alguém acha que ele ficará apenas cinco GPs para ser "avaliado"? Ingênuos...
O assunto já foi
debatido por muita gente na imprensa especializada, e o veredicto geral é de
que infelizmente Doohan não chegou e “explodiu”, ele foi “explodido”, a
situação mais óbvia de acontecer. Ele merecia melhor chance? Até merecia, mas
para alguns, mesmo que ele andasse até melhor do que Pierre Gasly, ele seria
sacado de qualquer maneira, pelo modo como Briatore costuma agir, de modo que
não faria muita diferença o que o australiano fizesse. Assim, infelizmente, com
o destino já traçado, pouco importa quais resultados ele conseguisse. Mas, como
desgraça pouca é bobagem, além de já estrear com a corda no pescoço, o próprio
australiano deu azar em alguns momentos, piorando uma situação que já era
complicada, e deixando-o ainda mais sob pressão. A forte batida logo no início
do GP da Austrália, outra batida nos treinos em Suzuka, quando tentou fazer a
primeira curva com o DRS aberto, e nova batida logo no início da corrida em
Miami, tudo isso foram pregos adicionais no caixão do australiano. Para alguns,
foi surpresa ele não ter sido sacado logo para a segunda corrida do ano, depois
da pancada na Austrália. Por muito menos, a própria Red Bull foi até mais impaciente
do que Briatore, e sacou Liam Lawson para colocar Yuki Tsunoda no seu lugar
depois de apenas duas corridas. Até aqui, o resultado não mostrou muita
melhora: Yuki até conseguiu algum desempenho melhor, mas os resultados
infelizmente não estão muito melhores.
E, neste ponto, a situação de Doohan se complicou: ele até andou melhor que Gasly em alguns momentos, mostrando que até pode ter algum potencial, mas infelizmente, o azar e as circunstâncias jogaram contra, além dos erros do próprio piloto. E Gasly conseguiu pontuar, e até com uma performance soberba, no Bahrein. Com um pouco mais de tempo e maturação, ele poderia render melhor? Claramente sim. Estaria ao nível que Gasly já demonstrou? Talvez. Melhor que o francês? Dificilmente. Doohan não foi de empolgar muito nas categorias de acesso, mas a F-1 já viu casos de alguns pilotos que, mesmo não tendo surpreendido antes de chegar na categoria máxima do automobilismo, se saíram muito bem nela. Mas, como já foi dito, o australiano já entrou condenado ao cadafalso na percepção única de Briatore. Muitos até já apontavam a saída do australiano depois da batida em Melbourne, tão seco Briatore estava para achar uma razão de demissão do piloto.
Mas o recorde mais recente de fritada de pilotos é da Red Bull, que defenestrou Liam Lawson depois de apenas dois GPs, no início deste ano.
É claro que cada time
deve ter liberdade para mudar seus pilotos, conforme suas necessidades e
circunstâncias. Mas achar um ponto de equilíbrio é complicado, a depender do
caráter do dirigente da escuderia. E Briatore, neste sentido, não é nem um
pouco confiável, colocando pressão muito mais necessária do que a já existente.
Nenhum piloto espera vida fácil na F-1, mas muitas vezes, acabam esmagados por
motivos completamente alheios a seu controle, e muitas vezes, sem ter chance de
reação, ou de se defenderem. E, claro, existem casos onde ocorre o contrário. A
Williams foi criticada em temporadas recentes por ter dado chances até demais a
pilotos que não se mostraram merecedores, como foi o caso de Logan Sargeant,
que para muitos já poderia ter sido dispensado ao fim da temporada de estréia,
em 2023, quando seu desempenho já se mostrou pífio no time, apesar de todas as
circunstâncias avaliadas. Mas a escuderia inglesa deu nova chance em 2024, e ao
fim, o estadunidense acabou dispensado para dar lugar a Colapinto. Melhor teria
sido se a Williams tivesse colocado o argentino logo no início da temporada, o
que poderia ter sido muito mais prático e cômodo para a própria escuderia, que
certamente teria obtido melhores resultados, e nem precisaria ter contratado
Carlos Sainz para este ano, certamente.
Enquanto isso, temos o exemplo também da Red Bull, que precisou ver o fiasco de Liam Lawson nas duas primeiras provas do ano, para se dar conta do erro, e pelo menos promover o piloto que em tese mais merecia a chance, Yuki Tsunoda, ao posto do segundo carro do time principal. Com sua teimosia em relação ao piloto japonês, que nos dois últimos anos na equipe B já dava mostras de pelo menos ser devidamente considerado, a Red Bull passou por uma vergonha desnecessária no início da temporada, em um ano que promete ser turbulento internamente. E a própria Red Bull, em tempos recentes, também abusou um pouco desse recurso de troca de pilotos, mudando seu line-up a meio da temporada mais pela impaciência do que pela falta de capacidade dos pilotos em si. Já expliquei que o problema não é trocar os pilotos, mas como se troca os pilotos. E lembrando que a Red Bull já demitiu até mesmo a dupla de seu time B em momento onde não lhes deu a chance de se reposicionarem no mercado de pilotos, prejudicando suas carreiras. Um pouco mais de respeito e consideração não fariam mal a ninguém.
Estou sendo idealista demais? Que seja. Não tenho de concordar com certas práticas, só porque elas ocorrem. Agora vamos ver como a Alpine, ou melhor dizendo, Flavio Briatore, se comporta no que tange a Franco Colapinto. O argentino chegou chegando ano passado, e em teoria, pode de fato render mais que o australiano Jack Doohan, mas e se as coisas não derem certo com ele? Será que os patrocinadores do argentino irão garantir mais a sua vaga que seus resultados? Ou Briatore só estava mesmo de olho é na bufunfa que Franco traz consigo? Acompanhem os próximos episódios...
Que a situação da Ferrari em 2025 está bem aquém do que se poderia esperar, já não é novidade. Mas a escuderia, que encantou pela forma como se recuperou no ano passado, e quase levou o título de construtores numa disputa com a fortíssima McLaren, voltou a cometer alguns erros crassos. E a torcida italiana começa a perder novamente a paciência, e pelo ocorrido em Miami, as críticas tem sido apontadas mais para o time do que para os pilotos. E com razão. Lewis Hamilton, na parte final da corrida, vindo com pneus médios, deveria ter sido deixado passar LeClerc tão logo encostou no companheiro de equipe, para tentar alcançar Kimi Antonelli, alguns segundos à frente. Mas as voltas que a Ferrari demorou para “analisar” e dar a ordem foram fatais para Lewis perder o melhor momento de rendimento de seus pneus. Ele passou LeClerc, mas logo a seguir não conseguiu mais abrir vantagem, e em poucas voltas, a vantagem de seus pneus acabou, e ele é que passou a atrapalhar o monegasco, e novamente o time demorou a dar a ordem para o inglês devolver a posição, numa operação que também comprometeu parte da vantagem que Hamilton teria para Carlos Sainz, que quase ultrapassou o inglês na última curva da corrida. Com um carro que se mostrou fraco em Miami, perdendo para McLaren, Mercedes, a Red Bull de Max Verstappen, e até a Williams, o time italiano precisa ser mais ágil do que nunca do lado de fora da pista, para tentar maximizar oportunidades que não pode obter na performance de pista. Muitos imbecis voltaram à carga de críticas contra Hamilton, pelos desabafos ditos via rádio, mas o heptacampeão estava com a razão. Fosse mais ágil na ordem de troca de posições, talvez Lewis tivesse alcançado Antonelli, e mesmo LeClerc não teria perdido tempo atrás do companheiro de time. E, caso não tivesse conseguido superar o italiano da Mercedes, uma troca mais rápida com LeClerc poderia ter permitido ao inglês manter melhor vantagem para Sainz. Mas muitas críticas hoje a Hamilton são completamente enviesadas, feitas no sentido único de defenestrar o inglês, não importa ele esteja certo ou errado, enquanto críticas corretas viraram minoria nos fóruns e sites da internet, pelo menos aqui no Brasil. Concordo, porém, que se Hamilton estava mais rápido que LeClerc, ele deveria ter simplesmente passado na pista, e não depender de uma ordem dos boxes para tanto., No final, até mesmo LeClerc, mais rápido, também não recuperou sua posição sem outra ordem dos boxes. Isso não deveria ficar ocorrendo. Mas infelizmente, o refinamento aerodinâmico, mesmo nesta era do efeito-solo, parece estar novamente inviabilizando ou dificultando as ultrapassagens, de modo que artifícios como o DRS, por mais desagradáveis que possam ser para muitos, ainda são um mal necessário para a categoria.
A Indycar chegou ao Indianapolis Motor Speedway para o GP de Indianápolis, que será disputado neste sábado, com largada programada para as 17:30 Hrs., com transmissão da TV Cultura, da ESPN4, e do Disney+. E na semana que vem, começam os treinos visando as 500 Milhas de Indianápolis, que serão realizadas no dia 25 de maio. Dominando a competição, o espanhol Álex Palou, da Ganassi, vai tentar a glória que lhe falta na categoria, que seria vencer a Indy500, sendo que ele já bateu na trave em algumas ocasiões. Será que agora vai?
A MotoGP chega a Le Mans para a etapa da França na competição. A corrida sprint tem largada às 10:00 Hrs. neste sábado, enquanto a corrida no domingo terá largada às 09:00 Hrs. A Ducati vem vencendo todas as provas na competição até aqui, mas em Jerez de La Frontera a Yamaha até assustou com Fabio Quartararo. Será que o francês conseguirá repetir o desempenho em casa, ou a Yamaha ainda vai dever em constância para poder de fato tentar desafiar o poderio da marca de Bolonha na competição, que pelo sim, pelo não, já anda meio preocupada com possíveis dificuldades que poderá encontrar pela frente. A transmissão das corridas será pelo ESPN4 e pelo Disney+.
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