sexta-feira, 28 de junho de 2024

COMO VENCER VERSTAPPEN?

A concorrência chegou, e tem tentado dar um calor em Max Verstappen, mas o piloto holandês vem conseguindo dar um baile nos rivais e mantendo firme seu favoritismo ao título da temporada de 2024.

            A temporada 2024 da Fórmula 1, felizmente, não está se mostrando uma repetição do que vimos em 2023, apresentando mais alternativas e disputas na pista, mas mesmo assim, Max Verstappen segue firme dominando o campeonato. Mas o piloto holandês está tendo que batalhar para manter essa situação, ao contrário do que vimos no ano passado, onde Max largava na frente e simplesmente desaparecia dos concorrentes, que não conseguiam mais alcança-lo. Agora, eles até conseguem persegui-lo, porém, superar, é outra conversa.

            Definitivamente, a concorrência chegou na Red Bull, em especial a McLaren, cujas atualizações no carro, implantadas a partir da prova de Miami, tornaram o modelo MCL38 o melhor carro do momento na F-1, capaz de entregar resultados nos mais variados tipos de pista, como convém a um modelo bem desenvolvido e competitivo. E Lando Norris, desde sua vitória no circuito de Miami, é quem mais tem pontuado até aqui, à exceção do próprio Max Verstappen. Não por acaso, o jovem inglês assumiu a vice-liderança com os resultados das últimas duas corridas, mas poderia ter feito mais do que conseguiu nestes últimos GPs.

            Por quê? Porque praticamente ele tinha tudo para conseguir vencer estas corridas. Além de um carro competitivo, Lando mostrou um ritmo fortíssimo, mas mesmo assim, acabou sendo superado pelo atual tricampeão da Red Bull, que segue conseguindo fazer a diferença. O modelo RB20 pode não ser mais o bólido quase imbatível do início da temporada, mas é um carro competitivo, e se ele não é o mais rápido, Verstappen trata de tirar a diferença com seu braço e seu talento, e claro, errando menos também na pista, algo que também tem a ajuda de seu time nos boxes, que tem conseguido fazer uma leitura melhor de corrida do que os concorrentes. Os detalhes estão fazendo a diferença, e ajudando Max a se manter no topo, quase do mesmo modo como nas corridas onde ele arrasava a concorrência.

            Antigamente, havia a expressão “Fator Senna”, numa referência de quando o piloto brasileiro desequilibrava a competição, mesmo quando não estava com o melhor carro em uma corrida. Futuramente, Michael Schumacher teve reconhecimento similar, e podemos dizer que, na atualidade, é Max Verstappen o maior fator de desequilíbrio na competição. E quem quiser de fato derrubar o holandês de sua posição de favoritismo não pode cometer erros, ou pelo menos, garantir cometer menos erros que o piloto da Red Bull, algo que está sendo difícil, mas não exatamente impossível de ser realizado.

            Nas provas do Canadá e na Espanha, onde a concorrência conseguiu largar na pole-position com voltas milimetricamente determinantes, com George Russell (Mercedes) e Lando Norris (McLaren), ainda assim, foi Verstappen quem riu por último. O que houve, afinal? Erros, dos adversários, e de seus times, que acabaram por entregar as vitórias ao atual líder do campeonato. Na Canadá, a chuva proporcionou um ambiente caótico, para os pilotos, e para seus times, que precisavam estar atentos para não caírem nas armadilhas das interpéries e as consequências que isso proporcionava na pista. Até Max Verstappen cometeu gafes naquele GP, mas mesmo assim, venceu. Isso porque, na soma total, ele, e seu time, a Red Bull, erraram menos que os rivais, em especial ali, Mercedes e McLaren, que além de erros cometidos por seus pilotos, as escuderias também não foram tão ágeis na estratégia de corrida, não conseguindo adaptar-se plenamente às circunstâncias do momento. Isso tudo, e um pouco de sorte também, culminaram na vitória de Verstappen no circuito canadense, apesar dos concorrentes andarem muito perto.

Atitudes que fizeram diferença no GP da Espanha: Max Verstappen partiu decidido para cima de George Russell (acima) e se livrou rapidamente do piloto da Mercedes, ficando com a pista livre e podendo abrir vantagem, enquanto Lando Norris levou várias voltas para conseguir fazer o mesmo (abaixo), perdendo tempo preciso que fez falta no duelo com o piloto da Red Bull, que averbou mais uma vitória no ano.


            Na Espanha, Norris tinha tudo para vencer, dado o ritmo de prova que imprimiu na corrida. Mas o inglês errou feio na largada, ao se permitir ser superado por Russell, que fez uma largada relâmpago, e especialmente Verstappen. O holandês tratou de não perder tempo e superou logo o piloto da Mercedes, ficando com pista livre à sua frente para imprimir seu ritmo, mas Norris “empacou” atrás de Russell, demorando tempo crucial para superar o compatriota. E foi esse tempo perdido atrás do carro da Mercedes que proporcionou a Verstappen abrir a vantagem necessária que lhe permitiu administrar a vantagem na parte final da corrida, aliado a uma excelente visão da prova, e às paradas de box certeiras executadas pela Red Bull em sintonia com seu piloto. E aqui cabe outro detalhe relevante: a McLaren precisava ser mais afinada na estratégia de corrida. Se no Canadá o azar contribuiu em parte para o time fazer Norris parar em momento menos propício para trocar pneus, na Catalunha a equipe também escolheu momentos não tão ideais para efetuar os pit stops, de modo que Lando poderia ter tido melhores chances de desenvolver seu ritmo de corrida. E mesmo assim, o piloto da McLaren chegou bem perto de Verstappen na bandeirada. Não fossem esses pequenos percalços no momento correto de se efetuar as paradas de box, e no tempo que Norris perdeu atrás de George Russell, o inglês poderia ter vencido a prova espanhola, e o raciocínio também é valido, guardadas as proporções, para o que vimos em Montreal. E em ambas as corridas, Lando terminou em 2º lugar. Só aí foram 14 pontos potenciais perdidos, que fazem parte da diferença aberta pelo holandês no presente momento, que é de 79 pontos.

            Tivesse conseguido converter estas duas últimas corridas em triunfos, Norris ainda estaria bem atrás de Verstappen, mas com uma diferença menor, ainda que 65 pontos seja uma dianteira considerável. Mas é um aviso de que, se não prestarem atenção aos detalhes, e tratarem de ser mais eficientes, mesmo o esforço apresentado terá sido inócuo na tentativa de desafiar o holandês da Red Bull na luta pelo campeonato, e até por mais vitórias. Já foram duas oportunidades perdidas para a McLaren nesta disputa. Se o time de Woking quer de fato voltar a ser protagonista na competição, precisa maximizar sua atuação. Não apenas o time precisa acertar melhor as estratégias de corrida, como seus pilotos também precisam ser mais perfeccionistas na pista. No Canadá, tanto piloto quanto time cometeram seus erros, com a diferença de que a Red Bull e Verstappen apenas cometeram menos erros que seus rivais. Já na Espanha, a Red Bull e Verstappen foram precisos, não dando margem para o azar, e executando suas ações com perfeição, enquanto Norris vacilou na largada, e depois foi a McLaren que não soube acertar o momento das paradas de forma tão ágil e calculada quando a Red Bull fez com seu piloto.

            O aviso está mais do que dado. Ainda temos mais da metade da temporada de 2024 pela frente, e apesar da imensa vantagem de Verstappen na classificação, ela pode ser demolida. Mas tal tarefa vai exigir sintonia perfeita da McLaren e de Norris para executar tal objetivo. Eles simplesmente não poderão errar, terão de ser tão eficientes dentro e fora da pista. E, em algum momento, por mais perfeito que seja, até Verstappen pode cometer erros, e nada melhor para provocar isso do que colocar o holandês sobre pressão. Por mais que Max seja capaz de encarar este tipo de situação, em algum momento ele poderá fraquejar, e isso potencializaria os ganhos para os concorrentes, desde que eles estejam no lugar certo, na hora certa, para poderem aproveitar.

            Neste ponto, a Ferrari perdeu força nas últimas etapas. O time italiano se colocava como a principal rival da Red Bull, e já conseguiu vencer duas corridas no ano. Mas já virou pouco. E, pior, no Canadá, a escuderia rossa estava irreconhecível, sem performance e sem rumo, ficando totalmente zerada na ocasião. O time voltou a um desempenho mais condizente em Barcelona, porém acabou superado pela Mercedes, que aos poucos parece ir encontrando a mão de seu carro, não para tentar disputar o título, mas para brigar pelas primeiras posições, ainda que vencer exija um pouco mais de capacidade e sorte, o que pode complicar os planos de Charles LeClerc e Carlos Sainz Jr., que almejavam ser os rivais mais diretos de Verstappen e da Red Bull. Na verdade, a performance oscilante dos rivais pode ser o maior trunfo da Red Bull neste momento, que sem ter mais um carro acima da concorrência, vem conseguindo se manter na frente graças a executar um trabalho competente nos boxes, seja nos pit stops, seja na estratégia de prova, e conseguindo executá-la à risca graças ao talento e determinação de Max Verstappen, enquanto os rivais vão tendo altos e baixos além do que seria recomendável para proporcionar uma ameaça mais efetiva.

            E mesmo na McLaren, há um trunfo que precisa ser melhor explorado, que é Oscar Piastri. O australiano já andou muito perto, e até mesmo à frente de Lando Norris em vários momentos, mas tem ficado para trás nas últimas corridas. Ainda assim, o time laranja tem pontuado mais que a Red Bull, que concentra seus esforços todos em Verstappen, e deixa Sergio Perez aos leões, cobrando mais desempenho do piloto mexicano, o que não é a melhor ajuda no momento, em que pese os azares e maus desempenhos demonstrados por Perez nas últimas etapas, que tem impedido a Red Bull de manter maior sua vantagem no mundial de construtores. Aqui reside a maior ameaça à equipe dos energéticos, que pode, sim, perder o campeonato, diante dos times rivais conseguirem pontuar melhor que ela, contando com duplas de pilotos menos díspares. Mas, ainda é apenas possibilidade, já que este desempenho dos times também tem oscilado muito. Mas não é por isso que o perigo possa ser menosprezado pela Red Bull, e nem ser mais considerado pelos concorrentes.

Ferrari: antes a rival mais próxima da Red Bull, já perdeu o posto para a McLaren, e se não se cuidar, pode até ser deixada para trás pela Mercedes, como vimos na Espanha.

            A mesma receita válida para a McLaren se aplica à Ferrari. É preciso ter performance, mas ser perfeita com seus pilotos e na condução das estratégias de corrida, e nos ajustes dos carros. A McLaren já conseguiu performance, precisa caprichar mais com seus pilotos, e principalmente fora da pista. A Ferrari precisa recuperar o desempenho, e caprichar ainda mais em todo o resto. E a Mercedes, a esta altura, só pode pensar mesmo em ter uma temporada decente e digna. Na Red Bull, é manter o nível o mais próximo da perfeição possível, e desestimular as reações dos rivais tanto quanto possível. A briga prometer ser boa, mas os detalhes, e o “fator Verstappen” continuarão desequilibrando as jogadas. Veremos quem consegue executar as manobras mais perfeitas neste final de semana, na etapa da Áustria, que ainda conta com corrida sprint. O pessoal sabe o que precisa ser feito, mas entre saber, e fazer, tem muita diferença. E querer nem sempre é conseguir. Quem vai querer, e acima de tudo, conseguir? Vamos ver o que todos realizarão na pista e fora dela na etapa deste fim de semana, e quem conseguirá cumprir com o que é necessário nesta disputa...

 

 

Pierre Gasly anunciou sua renovação de contrato com a Alpine, mostrando que seguirá no time francês para os próximos dois anos, no mínimo. E outro que teve sua permanência confirmada onde já está foi Lance Stroll, no anúncio mais previsível de todos, já que seu pai é o dono da escuderia. Com isso, mais duas vagas foram fechadas para a temporada de 2025. Quem deve ficar a pé é Daniel Ricciardo, uma vez que Helmut Marko já deu indiretas de que irá colocar Liam Lawson na Visa RB em 2025, e com Yuki Tsunoda já renovado com o time “B” dos energéticos, é claro que será na vaga do australiano, que infelizmente não mostrou a que veio no time, perdendo talvez sua única chance de redenção na F-1, depois da dispensa que teve da McLaren por falta de resultados ao fim de 2022. Enquanto isso, a novela sobre o destino de Carlos Sainz Jr. continua, com o diferencial de que o espanhol passou a ser uma das opções da Alpine para o próximo ano, formando dupla com Gasly, o que deixaria ainda na geladeira o piloto Jack Dohan, que até algum tempo atrás, era considerado o favorito para ocupar a vaga de Esteban Ocón, que por sua vez, pode ir para a Haas, com Kevin Magnussen a deixar novamente a escuderia.

 

 

A Formula-E chegou a Portland, no Estado do Oregon, nos Estados Unidos, para a penúltima rodada dupla da temporada 2024, que entra em sua reta final, com apenas mais quatro provas restantes após para fechar a competição do atual campeonato. Após a etapa de Portland, restará apenas a rodada dupla de Londres, que fechará a atual temporada da categoria. No ano passado, vimos em Portland uma prova insana, com todos os pilotos andando praticamente juntos, em um único pelotão, numa disputa que rendeu mais de 400 trocas de posição, que foi uma das mais imprevisíveis da temporada de 2023, e a expectativa é que isso se repita na edição deste ano. Agora, Portland terá uma rodada dupla, com corrida neste sábado e no domingo, com largada prevista para as 18:00 Hrs., tanto no sábado quanto no domingo, com transmissão ao vivo pelo canal do You Tube do site Grande Prêmio. A pista de Portland é um circuito misto permanente de 3,19 Km de extensão, com 12 curvas, utilizando o mesmo traçado usado pela Indycar. A zona de ativação do Modo Ataque está na tangência externa da curva 7. A princípio, a direção da F-E pensou em colocar uma chicane logo na entrada da reta dos boxes, a fim de permitir aos pilotos ter mais uma opção para regenerar energia, e com isso, diminuir a economia de energia que os pilotos se acostumaram a fazer neste tipo de corrida, mas a idéia precisou ser abandonada por questões de segurança. Na luta pelo título, Nick Cassidy, da Jaguar, é o favorito, liderando o campeonato com 167 pontos, contra 142 de Pascal Wehrlein, da Porsche, que precisa tentar diminuir a todo custo a desvantagem na pontuação, se quiser de fato brigar pelo título, que já é considerável, a ponto de o neozelandês poder se dar ao luxo de administrar os resultados nesta fase final da competição. A esperança do piloto da Porsche é que, sendo uma corrida de pelotão, tudo pode acontecer na rodada dupla de Portland, e torcer para um resultado ruim do piloto da Jaguar, mas ao mesmo tempo, precisará partir para o ataque, e também não se envolver em confusões. E o campeonato ainda pode chegar totalmente aberto na rodada de Londres, onde só as vitórias ainda terão 50 pontos em jogo, em mais uma rodada dupla. E isso se, num possível azar de Cassidy, mais gente não chegar junto para embolar a disputa. Incertezas não faltarão, especialmente neste final de semana nos Estados Unidos...

Portland recebe a rodada dupla da F-E neste final de semana, com a expectativa de muita emoção e disputas a rodo entre os pilotos, a exemplo do ano passado.

 

 

A MotoGP também acelera fundo neste final de semana, com o GP da Holanda, na clássica pista de Assen, uma das provas mais icônicas da classe rainha do motociclismo. Jorge Martin entra na pista decidido a manter sua liderança do campeonato, enquanto o atual bicampeão, “Pecco” Bagnaia vem tentando reduzir sua desvantagem na vice-liderança. E o piloto da Ducati fechou os treinos desta sexta na liderança, enquanto o espanhol da Pramac encerrou o dia com o 5º tempo, precisando melhorar se não quiser ver o principal rival encostar mais na pontuação. Neste sábado teremos a corrida sprint, com largada para as 10:00 Hrs., enquanto a prova de domingo tem largada para as 09:00 Hrs., tudo com transmissão ao vivo do canal pago ESPN4, e do sistema de streaming Star+.

A pista de Assen mais uma vez é a sede do GP do Holanda da MotoGP, que terá lugar neste final de semana.

 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA – JUNHO DE 2024


            O mês de junho já está indo embora, e com ele, praticamente metade do ano de 2024, seguindo-se ao mês de julho, onde alguns campeonatos, como a MotoGP, fazem sua pausa de verão, enquanto outros certames seguem firmes nas competições acelerando fundo, com maior ou menor emoção em seus certames, dependendo das categorias abordadas. Portanto, à aproximação do fim deste mês, é mais do que hora de mais uma edição da nossa Cotação Automobilística, analisando alguns dos acontecimentos ocorridos neste mês de junho, com alguns comentários a respeito, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos, e até a próxima Cotação Automobilística, no fim do mês que vem, com a avaliação dos acontecimentos do mundo da velocidade em julho...

 

EM ALTA:

 

Ferrari bicampeã em Le Mans: E não é que a esquadra de Maranello, que já havia surpreendido em seu retorno às 24 Horas de Le Mans no ano passado, conseguiu repetir a dose na prova de 2024? O triunfo foi épico, diante das dificuldades enfrentadas pelo carro Nº 50 da equipe oficial de fábrica, que venceu por uma margem de aproximadamente 15s sobre o Toyota Nº 7 que tinha tudo para levar mais um troféu para a escuderia nipônica, especialmente depois que o carro italiano teve um problema na porta do bólido que o levou a ficar tempo precioso no box consertando o problema. A Ferrari, aliás, fez maioria no pódio de Le Sarthe, já que seu carro Nº 51, que venceu a corrida no ano passado, terminou na 3ª posição, coroando a boa forma exibida na maior prova de resistência do mundo, e uma das mais famosas de toda a história do automobilismo mundial. E o time italiano ainda capitalizou este ano ter vencido também em Mônaco, na F-1, fazendo a Squadra Rossa ter vencido, em um mesmo ano, duas das mais famosas provas do automobilismo mundial, só não vencendo as 500 Milhas de Indianápolis porque nunca competiu por lá. Mas que escuderia pode se gabar de tal feito nos dias atuais: ganhar as 24 Horas de Le Mans e o Grande Prêmio de Mônaco de F-1 no mesmo ano?

 

Max Verstappen: O tricampeão holandês venceu as etapas do Canadá e da Espanha, quando a concorrência tinha fortes chances de roubar o triunfo do piloto da Red Bull. As disputas foram fortes na pista, nos ritmos de corrida, mas venceu quem errou menos, ou não se deixou abalar pelos percalços durante as provas, o que foi o caso de Verstappen, que levou seu time a mais duas vitórias importantes para manter firme seu favoritismo ao título da temporada, o quarto consecutivo. Se os oponentes quiserem de fato bater o holandês, vão precisar de mais do que apenas um bom carro, terão de ser precisos também na pilotagem e na estratégia de corrida, ferramentas imprescindíveis para triunfar sobre o ás da Red Bull, que pode não ter o melhor carro da competição como há alguns meses, mas tem o melhor piloto do grid da atualidade, e que sabe vencer uma corrida como ninguém, caminhando firme para se colocar como um dos maiores pilotos de todos os tempos. E ainda mais em um momento onde ninguém pode dizer que só está vencendo por ter o melhor carro disparado, como ocorreu em 2023. É o momento perfeito para o holandês mostrar a capacidade que possui como tricampeão mundial, e os rivais precisarão ser mais do que perfeitos se quiserem de fato destrona-lo da posição de grande favorito ao título da temporada.

 

Marc Márquez no time oficial da Ducati em 2025: O que muitos temiam virará realidade na próxima temporada da MotoGP. A “Formiga Atômica” defenderá o time oficial da marca de Borgo Panigale, e se o hexacampeão já vem fazendo uma temporada sólida pela Gresini, usando a moto do ano passado, ainda que não tenha voltado a vencer, os rivais já podem começar a se preocupar quando ele tiver a potencial melhor moto de todo o grid. Fora do protagonismo a que estava habituado nos últimos anos, devido aos percalços do acidente sofrido em Jerez em 2020, e depois diante da falta de competitividade da Honda na classe rainha do motociclismo, Marc Márquez saiu de sua zona de conforto, aceitando correr por um time satélite, a fim de provar a si mesmo e para a própria MotoGP de que ainda era o piloto fenomenal que assombrou a competição na década passada, quando conquistou seis títulos em sete temporadas. A forma como vem se exibindo na Gresini deixou a Ducati sob pressão entre escolher Jorge Martin e Márquez para ser o companheiro de Francesco Bagnaia na próxima temporada, e Martin, líder atual da temporada 2024, acabou sendo o sacrificado, em prol do currículo mais vistoso da “Formiga Atômica”, que tem tudo para incendiar os boxes do time italiano no próximo ano, e com uma moto de ponta, voltar a colecionar vitórias, e títulos. Márquez fez uma aposta, e ela se pagou, como era o seu intento. Os rivais que se preparem para tempos difíceis em 2025...

 

Álex Palou: o piloto espanhol, atual bicampeão da Indycar, vem se firmando como o piloto a ser batido na luta pelo tricampeonato na atual temporada do certame norte-americano de monopostos, e deu uma aula de como superar as adversidades de uma corrida maluca em Laguna Seca, onde venceu pela segunda vez no ano, e retomou a liderança do campeonato. A disputa promete ser dura, ainda mais porque um dos adversários é Scott Dixon, companheiro de Palou na Ganassi, alguém que não pode ser subestimado, mas que já foi superado em duas temporadas pelo piloto espanhol desde que chegou ao time de Chip Ganassi. Álex mostra grande capacidade, e sem desviar sua atenção de fatos extra-pista, como foram os rolos contratuais com seu time e a McLaren, tem tudo para ser a grande nova estrela da história da competição, eclipsando os demais rivais na pista. E ele tem plenas condições de conseguir tal façanha, se chegar ao título da temporada, porque então estará atrás apenas de Dixon em número de títulos entre os pilotos atuais do grid. Os oponentes que se preparem, se não quiserem virar coadjuvantes de Palou na Indycar, onde ele poderá reinar por um longo e bom tempo, se continuar conseguindo exercer toda a sua capacidade e habilidade defendendo a Ganassi.

 

Jorge Martin: O piloto da Pramac segue firme na liderança do campeonato da MotoGP, tentando controlar sua vantagem para seu principal rival na competição, o atual bicampeão Francesco Bagnaia, que aproveitou um fim de semana perfeito em Mugello para diminuir a desvantagem para o espanhol a 18 pontos. Martin tem tentado ser mais cerebral e menos impulsivo nesta temporada, algo que foi seu calcanhar de Aquiles na temporada passada, quando perdeu a disputa pelo título com o piloto do time oficial da Ducati, e aproveitando-se dos percalços do italiano, vem conseguindo controlar a situação até o presente momento, mas a partir de agora terá de passar por um grande teste de fogo: superar os sentimentos negativos de ter sido novamente preterido pelos italianos para ir para o time de fábrica, o que o fez resolver deixar a Pramac e defender a Aprilia em 2025, e manter a cabeça fria para não cometer erros na disputa que está mais do que aberta com o atual campeão da classe rainha do motociclismo, que vai vir para cima na briga pelo tricampeonato. Jorge acredita na imparcialidade da Ducati, que mesmo vendo o piloto indo para uma marca rival, não irá manifestar preferência entre ele e Bagnaia na disputa pelo título da temporada, dando a ambos as mesmas armas para disputarem na pista. E ainda teremos muito chão pela frente até o encerramento da temporada, e Martin está decidido a sair por cima da disputa, se não com o título de fato, como campeão moral. E ele vai precisar dar tudo de si para manter o excelente nível que já alcançou até aqui, e continuar se mantendo um oponente forte e decidido na pista.

 

 

NA MESMA:

 

Qual o destino de Carlos Sainz Jr.: O piloto espanhol, de aviso prédio da Ferrari desde antes do início da temporada deste ano da F-1, continua com seu destino aparentemente indefinido para a próxima temporada. Cotado inicialmente até para ocupar lugares nas equipes Red Bull e Mercedes, Sainz acabou preterido pelos dois times, e a Audi, seu destino mais provável inicialmente, já o estaria até deixando de lado, tendo se garantido com Nico Hulkenberg para o próximo ano. E agora, o destino do espanhol parece ser a Williams, embora seu nome tenha começado a ser vinculado à Alpine, no lugar de Esteban Ocón. Quando mais essa indefinição se prorroga, maiores as chances de Carlos acabar ficando sem lugar para 2025, ainda que isso pareça meio difícil, pois os times andam cogitando vários pilotos para suas vagas ainda livres no próximo ano, e certamente, não é uma boa sensação ainda estar sem vaga acertada para a próxima temporada. Será que Sainz vai se garantir, ou ficará a ver navios na F-1? Uma situação que até um tempo atrás parecia impensável, até pela maneira como o espanhol começou bem o ano, até vencendo o GP da Austrália, e mostrando ser um piloto inteligente e combativo para qualquer time de ponta.

 

Sergio Perez renovado com a Red Bull: O piloto mexicano parece ter várias vidas, assim como os gatos, e conseguiu o que muitos imaginavam ser impossível, uma renovação de seu contrato com o time dos energéticos até 2026, quando muitos já davam por demais uma renovação só para 2025. O acordo, agora, é de um ano, com possibilidade de renovação por mais um, o que o levará, na melhor das hipóteses, a completar seis anos defendendo um dos melhores times da F-1. Mas se por um lado a renovação veio em boa hora, já que seu posto era cobiçado por vários pilotos, por outro, em um momento onde a Red Bull perdeu o posto de melhor carro, Sergio tem ficado bem para trás de Max Verstappen, e isso já começa a incomodar até mesmo o tricampeão, que reclama estar enfrentando sozinho os rivais, sem poder contar com a ajuda do companheiro de equipe, e isso poderá complicar sua permanência no time, apesar do contrato renovado, que poderia ser rescindido na pior das hipóteses, e obrigar o piloto a sair pela porta dos fundos da escuderia, como já foi feito com diversos outros pilotos. Perez precisa se aprumar e ficar pelo menos mais próximo de Verstappen, ou no mínimo, roubar pontos dos adversários para não deixar a equipe vulnerável no campeonato de construtores. Resta saber se o time irá ajudar de fato o mexicano, já que quando Verstappen ganhava tudo, havia apenas cobranças para Perez andar melhor, e nenhuma ajuda substancial de fato neste sentido. Agora que o time precisa que o mexicano ande melhor, resta saber se eles o ajudarão a ter esse melhor desempenho, já que se acostumaram a dar atenções apenas para o holandês. Mas, até novidade em contrário, Sergio está firme na Red Bull em 2025. Para 2026, é uma incógnita qualquer.

 

Calendário 2025 da Indycar: Como está, ficou. A Indycar já divulgou o seu calendário para a temporada do ano que vem, com as mesmas corridas desta temporada. A única mudança é que a prova de Thermal Club, feita como etapa extra-campeonato este ano, será uma corrida efetiva em 2025, e espera-se, com isso, que tenha as mesmas regras das demais provas do ano, uma vez que a experiência da estréia do local na competição resultou em um evento confuso e sem nexo, que desagradou aos fãs da categoria, e amargou péssimos índices de audiência. Espera-se que usem a experiência vivenciada em março para evitar cometer os mesmos erros no próximo ano. O traçado do Thermal Club é interessante, e se não resolverem reinventar a roda, pode resultar em uma corrida interessante. Se por um lado, repetir o calendário em 2025 evidencia dificuldades da Indycar em melhorar as opções de provas para seu certame, circulam boatos de que a direção da categoria está focando esforços para efetuar mudanças mais efetivas em 2026, com aumento do número de provas, e finalmente fazendo o calendário chegar talvez até o mês de outubro, em vez de terminar tão cedo, como vem sendo feito há muitos anos, por medo de confrontar outros torneios esportivos na briga pela audiência televisiva. Espera-se que a Indycar volte a ter ousadia, e deixe de apresentar essa atitude medrosa, que parece indicar que não tem fé em sua própria força como evento esportivo de competição.

 

Equipe Honda mantém dupla atual na MotoGP 2025: O time de Hamamatsu já acertou a permanência de sua atual dupla titular, Luca Marini e Joan Mir, pelo menos por mais duas temporadas na classe rainha do motociclismo. O time japonês ocupa a lanterna na temporada deste ano, tentando encontrar um meio de voltar a ser competitiva, mas com resultados muito aquém do esperado, e necessário, a ponto de ter feito Joan Mir, campeão de 2020 com a Suzuki, chegar a repensar a carreira, e até mesmo a pendurar o capacete no fim do ano, descontente com a falta de performance da moto. O clima chegou até a ficar relativamente tenso, com a escuderia declarando que o piloto não era obrigado a pilotar para eles se estivesse tão descontente assim, mas após esfriarem a cabeça, eis que a Honda já teria renovado o contrato com Mir por mais dois anos, e garantir sua dupla atual pelo mesmo período, a fim de manter uma certa estabilidade à escuderia, e não tumultuar ainda mais o ambiente interno, o que não ajudaria nos esforços para tentar voltar a ter protagonismo na categoria. Agora, cabe aos pilotos e ao time batalharem juntos para tentar devolver à Honda um pouco da dignidade na competição, e achar um rumo de trabalho que leve a isso, se não quiserem virar a chacota da categoria em tempo integral.

 

Josef Newgarden na temporada 2024 da Indycar: O bicampeão da equipe Penske tem tido uma temporada de altos e baixos este ano, e isso certamente o afasta cada vez mais das chances de chegar ao tão sonhado tricampeonato da categoria. Perdeu a vitória em São Petesburgo por erro da equipe Penske com relação ao sistema do push-to-pass, e como se isso já não fosse um revés razoável, nas demais corridas teve resultados no oito ou oitenta. Se por um lado obteve uma vitória épica nas 500 Milhas de Indianápolis, que por si só já vale como vencer um campeonato da Indycar, por outro tem tido provas absolutamente irreconhecíveis, como ocorreu em Detroit, e em Laguna Seca, onde azares e erros fulminaram qualquer chance e obtenção de um bom resultado, relegando o norte-americano a uma apenas mediana 9ª colocação na classificação, já distante mais de 100 pontos do líder do campeonato, Álex Palou. Pior, neste momento, Josef é o pior piloto da Penske no campeonato, atrás de Will Power, que surpreendentemente luta pelo título, e até de Scott McLaughlin, que desde que chegou ao time, apesar dos bons resultados obtidos, nunca pareceu dar as cartas de fato na briga pelo campeonato. A recuperação é difícil, e a cada etapa perdida com um resultado ruim, menores as chances de uma reação. Não é assim que Newgarden vai conseguir ser campeão novamente, e ele precisa botar a cabeça no lugar, e torcer também para ter menos azar. Conseguirá?

 

 

EM BAIXA:

 

Théo Pourchaire: O piloto francês tinha firmado contrato para defender a McLaren pelo restante da temporada atual da Indycar, tendo desistido de seus demais compromissos para se dedicar integralmente à disputa da categoria norte-americana, mas acabou dispensado sem maiores explicações pelo time, numa aposta no novato Nolan Siegel, e já ficou a pé na etapa de Laguna Seca. Entre uma das justificativas alegadas, a McLaren afirmou que por ser piloto reserva da Sauber, o time não teria segurança para contar com ele em todas as etapas, e resolveu apostar no talento de Siegel, especialmente depois do californiano ter vencido as 24 Horas de Le Mans na classe LMP2, em um time de propriedade de Zak Brown, e não poderia perder a chance de garantir os serviços da mais recente promessa do automobilismo dos Estados Unidos. Pelo visto, a McLaren pegou manha de se enrolar com pilotos para seu time na Indycar, pois por dois anos se envolveu em uma disputa com Álex Palou, e este ano, ainda teve problemas com David Malukas, que nem conseguiu estrear no time por ter se acidentado às vésperas do início da competição, e depois da confirmação de Pourchaire, agora deixa o piloto literalmente falando sozinho, e ainda tendo a averbação de Tony Kanaan nessa troca inesperada de piloto. E agora, Pourchaire fica à deriva no restante do ano, tendo de arrumar novo lugar para competir, depois de acreditar nas promessas da McLaren. Nada bom, especialmente para o piloto, e pior ainda, para a imagem da equipe de Woking na competição.

 

Flavio Britore de volta à F-1: praticamente expulso da categoria máxima do automobilismo depois do escândalo do Singapuragate, apurado em 2009, o dirigente italiano ficou um bom tempo sem poder pisar sequer no paddock de um GP, mas, a exemplo vergonhoso do que anda acontecendo com frequência bastante alta no Brasil, eis que Flavio está de volta à F-1, agora como “consultor” da Alpine, na prática, a equipe que comandou na época da mutreta armada na pista de Singapura em 2008, quando Nelsinho Piquet bateu o carro de propósito para ajudar Fernando Alonso a vencer a corrida naquela temporada, que por meios indiretos, influiu na disputa pelo título entre Felipe Massa (que briga para ser indenizado e até reconhecido como campeão da temporada) e Lewis Hamilton (o campeão de fato de 2008). A Alpine, que tem se mostrado um time sem rumo recentemente, mostra seu desespero ao apelar para figura tão controversa, sob a justificativa de olhar para o futuro, e não para o passado, e que as pessoas sempre merecem segundas chances na vida, argumentos que podem até ser aceitáveis, mas ignorados sem nenhuma vergonha na cara no mesmo estilo do ditado “os fins justificam os meios”, e embora ninguém seja exatamente santo na F-1, nem por isso se pode ficar passando pano para certos exageros cometidos, e a categoria máxima do automobilismo poderia passar sem essa, e o time francês, sem comprometer ainda mais o que resta de sua credibilidade na competição.

 

Aston Martin: O time inglês fez uma temporada surpreendente em 2023, especialmente com Fernando Alonso, que colecionou pódios, e durante a primeira metade do ano era um forte candidato a terminar no TOP-3 da temporada, indicando que o time esmeralda começava a colher frutos de seu forte investimento para se tornar uma equipe de ponta na F-1. Mas a temporada de 2024 fez a Aston Martin regredir, mostrando-se incapaz de disputar pódios, e em alguns casos, até mesmo de conseguir marcar pontos, como foi visto em Barcelona, onde tanto Alonso quanto Lance Stroll em momento algum conseguiram batalhar por lugares pontuáveis na corrida, algo que já tinha sido visto em Mônaco, onde o time ficou zerado. Em pelo menos outras três provas, a escuderia lutou para conquistar pontos minguados, e só não está pior colocada na classificação de construtores porque as demais escuderias estão muito piores. Mas até mesmo a Mercedes, em seu pior ano desde 2013, já se desgarrou da Aston Martin, mostrando como o time decaiu, a ponto de colocar até a paciência de Fernando Alonso, que já renovou contrato com o time pelo menos até 2026, na corda bamba. O espanhol já faz cobranças diretas ao time, que tenta se defender, mas mostra que ainda precisa entender muito a respeito de como evoluir um projeto, algo que já não soube fazer direito no ano passado, e agora, com a escuderia praticamente parecendo estagnada em sua atual posição na relação de forças do grid. Algo nada bom para quem almeja ser um time de ponta, precisando entender urgentemente os erros cometidos, e como corrigi-los o quanto antes, se quiser viver dias mais aprazíveis na categoria máxima do automobilismo...

 

FIA mudando regulamentos em meio à temporada: Se a Federação Internacional de Automobilismo já não inspira muita confiança, eles conseguiram marcar mais um gol contra em sua reputação, ao alterar a regra de permitir que um piloto de menos de 18 anos possa ascender à F-1 caso tenha apresentado “qualidades de pilotagem” e coisa e tal, algo que foi visto como um ardil para permitir a entrada de Kimi Antonelli na categoria máxima do automobilismo, o “eleito” da Mercedes para substituir Lewis Hamilton na escuderia em 2025. A equipe alemã teria intenção de promover sua estréia o quanto antes, substituindo Logan Sargeant na Williams, mas o jovem não tinha a idade mínima para isso, já que só completará 18 anos em agosto. Agora, uma mudança na regra por parte da federação, sem uma justificativa mais plausível, soa a pressão da Mercedes para mudar a regra e favorecer seu piloto, que assim poderia estrear antes, e cumprir seu período de “experiência” no time cliente da Mercedes, a Williams, antes de ser efetivado no time prateado no próximo ano. Que a regras possam ser mudadas, não é problema, o problema é quando isso parece ser feito de modo casual, e para favorecer um time em particular, ainda que a norma não tenha esse entendimento em particular, mas dando a entender que cedeu à pressão de algum interessado óbvio na mudança do regulamento. Mudanças assim deveriam ser realizadas entre as temporadas, e com alguma discussão mais coerente das razões para sua alteração, colaborando para a transparência e confiabilidade do público na entidade que comanda o automobilismo internacional, algo que já não anda lá essas coisas diante de decisões esdrúxulas e controvertidas tomadas em tempos recentes, lembrando que até o regulamento técnico de 2026 anda meio na corda bamba, com vários detalhes que precisam ser esclarecidos devidamente, e não tomados de forma meio abrupta e voluntária por parte da FIA, que tentando melhorar as coisas, acaba resultando no resultado contrário das intenções. Todo mundo poderia passar sem essas palhaçadas, convenhamos...

 

Itália fora da temporada 2025 da Formula-E: A categoria de carros monopostos elétricos divulgou neste mês de junho o seu calendário para a temporada 2025, que inclusive, começará ainda este ano, em dezembro, com a etapa de São Paulo, que abrirá a nova temporada por questões de datas com o carnaval brasileiro, dando a partida em uma temporada que promete ser a maior da competição até aqui, com 17 provas no total, e algumas novidades, mas também acabou deixando de fora um importante país que quase sempre esteve presente no calendário da categoria: a Itália. Sim, o país, que por vários anos sediou corridas nas ruas de Roma, e este ano teve uma rodada dupla realizada na pista de Misano, está fora do próximo campeonato da F-E, o que acabou sendo uma surpresa para muitos competidores, e algo lamentado pela Maserati, time que leva o nome da famosa marca italiana de carros, e que se disse triste pela ausência do país europeu no certame do próximo ano. É verdade que não é a primeira vez que a Itália fica de fora do calendário da categoria de carros monopostos elétricos, mas toda ausência preocupa, e ficar de fora sugere que a competição optou por um destino mais “atraente”, o que rebaixa a atratividade do país como sede de uma das etapas do calendário, e fica a esperança de que possa retornar o mais breve possível, embora haja uma possibilidade já para 2025: o calendário tem um fim de semana com uma etapa ainda a ser definida, e embora a meta seja conseguir um novo destino para diversificar a competição, no caso, a Tailândia, que ainda tenta confirmar seu ingresso, muitos torcem para, em último caso, a Itália preencher essa vaga, como já ocorreu com outras provas em outros anos.