sexta-feira, 29 de março de 2024

SAINZ DÁ SEU RECADO

Carlos Sainz Jr. venceu o GP da Austrália, comandando a dobradinha da Ferrari, e reforça sua posição no mercado de pilotos para 2025.

          Um dos destaques da temporada atual da Fórmula 1 é um piloto que oficialmente já começou a temporada de aviso prévio para 2025, sabendo que não continuaria em sua atual escuderia, uma situação que não costuma ser muito agradável. O piloto em questão é Carlos Sainz Jr., que terá seu posto ocupado por Lewis Hamilton no próximo ano. Charles LeClerc segue no time italiano, com contrato renovado até cerca de 2028. E, sabidamente, Carlos já está na luta para arrumar um novo lugar para correr, e nada melhor do que se promover nesta briga mostrando serviço, e olhem que o espanhol vem cumprindo bem sua missão, e já caindo no meio das conversas de bastidores a respeito das possibilidades de novo time para 2025.

          Até aqui, com apenas 2 corridas de três realizadas, já que Sainz não participou da etapa da Arábia Saudita por ter tido que ser operado de uma apendicite, o piloto vem aproveitando as oportunidades para brilhar, e mostrar aos times no grid, e principalmente à Ferrari, sua escuderia atual, seu recado do que pode fazer. Na abertura da temporada, no Bahrein, Carlos superou seu companheiro de equipe para ficar com a última posição do pódio em Sakhir, classificando-se como “melhor do resto”, diante a performance superior do time dos energéticos, com Max Verstappen a vencer, e Sergio Perez a fechar a dobradinha rubrotaurina com um firme 2º lugar. Pode-se alegar que LeClerc teve problemas nos freios de seu carro, mas isso não era problema do espanhol, que simplesmente estava mais rápido, e superou o companheiro monegasco para ir em busca do melhor resultado possível para o time.

          E, na Austrália, Carlos veio com tudo. Brigou pela pole-position com Max Verstappen, perdendo-a por pouco, numa amostra de que a Ferrari estava forte em Melbourne, e com esperanças de desafiar realmente o poderio da Red Bull. Mesmo ainda estando sem uma recuperação plena, o piloto surpreendeu também na corrida, ao partir para cima do tricampeão da Red Bull, que com problemas no seu carro, não conseguiu dar o combate esperado. E com o abandono de Verstappen, a corrida ficava nas mãos da Ferrari, que conseguiu se manter à frente da McLaren, que andou por perto, mas não a ponto de ameaçar efetivamente a dobradinha do time italiano.

          Mas, Carlos conseguiria manter mesmo o nível de pilotagem? Afinal, não se passara nem duas semanas de sua cirurgia para extrair o apêndice, e o próprio piloto tinha dúvidas se aguentaria o esforço de pilotar no fim de semana, especialmente na corrida. Ele mesmo mostrou que ainda não estava 100%, e sentia ainda as dores da cirurgia, tendo de usar uma peça especial debaixo do macacão para proteger a área operada. Um sinal de que o esforço necessário na corrida poderia estar além da condição atual do piloto no fim de semana. Mas Sainz surpreendeu a todos, e até a si próprio, mantendo uma performance firme e determinada assim que assumiu a dianteira da corrida, para comandar a prova com autoridade. Chegou a se especular se a Ferrari ordenaria uma troca de posição entre os pilotos, uma vez que LeClerc estava melhor na pontuação, diante da ausência do espanhol em Jeddah, mas felizmente, tal ordem não veio, e para se certificar de que ela não veria, Carlos tratou de manter uma performance forte, controlando os possíveis avanços de Charles LeClerc, que em detertminado momento precisou se preocupar mais com a concorrência da McLaren do que em atacar o companheiro de equipe na briga pela vitória.

          No final, tivemos a primeira vitória da Ferrari no ano. Se foi somente por causa do abandono de Verstappen, e dos problemas de Sergio Perez, pode até ser, mas é inegável que o time de Maranello é quem mais próximo está da Red Bull no grid, e com um pouco de sorte, resultados como o da Austrália poderão vir mesmo sem problemas da dupla rubrotaurina na corrida. A Ferrari fez bem em não intervir na disputa, que na prática, nem houve, já que ambos não chegaram a dividir curvas durante a prova, com Sainz mantendo LeClerc a uma distância razoável, e nunca deixando que ela baixasse para dar ensejo de fazer alguma mudança. Com o resultado, LeClerc assumiu a vice-liderança do campeonato, com 47 pontos, contra os 51 de Verstappen, que mesmo com o abandono ainda se manteve como líder da competição. O fraco resultado de Perez rebaixou o mexicano para 3º lugar, com 46, mas Sainz, com a vitória, é o 4º, com 40 pontos, uma diferença relativamente pequena para seu companheiro de equipe, que tem uma corrida a mais na conta.

O espanhol controlou a corrida após o abandono de Max Verstappen, e manteve Charles LeClerc à distância, impedindo que o monegasco tentasse discutir a vitória na prova do Albert Park.

          Charles LeClerc, tido como a estrela principal do time, não conseguiu aproveitar a oportunidade na Austrália para se impor mais, especialmente na classificação, tido como ponto forte do monegasco, que falhou em discutir a pole-position com Verstappen. Coube a Sainz assumir essa função, mesmo ainda em recuperação da cirurgia que passou apenas duas semanas atrás. E, com o triunfo, Sainz se torna o único piloto não-Red Bull a vencer na F-1 em mais de um ano. Foi o espanhol que quebrou a sequência de triunfos da escuderia dos energéticos ao aproveitar o momento anormal do time em Singapura para vencer fazendo uma corrida calculada e fria em Marina Bay, controlando os adversários atrás de si, e arrebatando sua segunda vitória na F-1. Carlos pode não ser o tipo de piloto arrojado e que dá show na pista, mas vai mostrando que nem por isso é menos capaz de obter resultados, e isso é o principal atrativo de um piloto para qualquer escuderia.

          E é isso que Sainz busca: um novo lugar para 2025. Mas onde? O triunfo no Albert Park coloca o espanhol na mira dos times. Ele é um piloto veloz, constante, e acima de tudo, possui visão de corrida, sabendo quando ser agressivo, e quando se precisa conservar o equipamento, além de, claro, não se envolver em acidentes. Vamos lembrar que, quando dividiu a McLaren com Lando Norris, em 2019 e 2020, ele superou o inglês nas duas temporadas, embora neste caso a comparação seja mais correta na segunda temporada, quando Lando já não era estreante na categoria. Norris é tido como um campeão em potencial, mas não conseguiu superar Sainz no campeonato de 2020, o que ele fez com sobras quando teve Daniel Ricciardo como companheiro em 2021 e 2022. Contratado pela Ferrari, Carlos se mostrou um piloto à altura de LeClerc em termos de resultados. Com exceção de 2023, ele esteve praticamente empatado com o monegasco na classificação da temporada, mostrando sua eficiência.

Em Singapura, no ano passado, show de controle do espanhol na corrida, vencendo com maestria suportando a pressão dos adversários atrás de si.

          E essa eficiência, e suas qualidades de pilotagem, em especial a capacidade estratégica, de visão de prova, e saber aproveitar oportunidades, e sobretudo, não se envolver em confusões, são os atributos que ele apresenta aos potenciais interessados em contar com seus serviços. Não por acaso, seu nome é cotado para liderar o novo time da Audi que irá estrear em 2026 na competição, justamente por sua experiência, e pelas qualidades listadas acima. E ele poderia ir para lá já em 2025, quando a Sauber fará sua última temporada na competição, antes de assumir sua nova identidade. A Audi confirmou recentemente a aquisição de 100% da escuderia suíça, e trabalha para fazer sua estréia com força total em 2026, usando a temporada de 2025 como transição. Se lembrarmos que a dupla titular atual, Guanyou Zhou e Valtteri Bottas, não tem contrato para a próxima temporada, não seria impossível Carlos já aportar por lá para ajudar nos trabalhos do novo time. Restaria saber quem seria o dispensado em Hinwill, já que nenhum dos dois pilotos atuais está garantido na escuderia.

A Audi terminou de adquirir 100% da equipe Sauber, trabalha para sua estréia em 2026. Sainz é cotado para ser o líder do time na pista, mas por enquanto nada oficial neste sentido foi dito.

          Mas podem haver outras opções, caso Sainz não embarque nesse projeto. A Mercedes tem uma vaga, com saída de Lewis Hamilton para a Ferrari. O espanhol, que terá sua vaga em Maranello ocupada justamente pelo inglês, poderia ocupar o lugar que era dele em Brackley. Mas há outros candidatos à vaga, e a disputa pode ser ferrenha. Mas, uma vez que o time alemão tem planos de promover Andrea Kimi Antonelli, que atualmente disputa a F-2, a vaga na Mercedes poderia ser apenas um tampão, ao que Sainz poderia não estar interessado. Neste ponto, o projeto da Audi poderia ser mais atrativo, por ser algo de longa duração potencial. Mas surgiram outros rumores de possíveis direções para o espanhol.

          Uma delas seria na Aston Martin, caso Fernando Alonso se aposente, ou vá para a Mercedes, uma vez que o bicampeão é outro nome potencial à vaga de Hamilton. Ou até mesmo, especula-se, Lance Stroll poderia ser finalmente sacado do time, diante dos resultados inferiores se comparados aos de Alonso, e Sainz entrar em seu lugar. Como a Aston Martin será a nova parceira da Honda a partir de 2026, poderia ser um projeto atraente e de longa duração. E as qualidades de Sainz casam bem com as necessidades do time, de ter um piloto eficiente e que traga resultados, algo que Stroll não inspira confiança, para não falar de o canadense se acidentar em alguns momentos.

          E, claro, surgiu também a possibilidade da Red Bull, caso a escuderia decida que Sergio Perez não está satisfazendo as expectativas, especialmente de Helmut Marko, sempre implacável com os pilotos da organização, à exceção de Max Verstappen, seu queridinho. Mas o holandês, que já dividiu a Toro Rosso com o espanhol anos atrás, segundo algumas fofocas, não teria gostado da possibilidade de voltar a dividir boxes com Sainz, uma vez que acumulou atritos com o espanhol quando foram companheiros de time, além de que Carlos poderia ser um companheiro de time muito forte. Verstappen sempre disse que não se importava com quem fosse seu colega de time, mas será mesmo? E Sainz, confiante no seu taco, se submeteria às condições da Red Bull, caso comece a ameaçar a posição de Verstappen no time? Dúvidas pertinentes.

          O fato é que, enquanto não define seu futuro em 2025, Sainz vem mostrando sua capacidade na pista, e até aqui, vem se saindo muito bem. Se a Ferrari conseguir desafiar a Red Bull com mais propriedade, podem apostar que Carlos irá aproveitar para capitalizar. E, apesar de dizer que jogará para o time na pista, muitos duvidam que, se estiver em posição de vencer, ou obter melhores resultados, ele dificilmente aceitará cumprir ordens do time quanto a posições na pista com LeClerc, já que está fora do time no próximo ano. Mas a temporada apenas começou, e ainda temos muitas provas pela frente. Vamos ver se Sainz continua a mostrar seu alto desempenho ao longo do campeonato, o que será mais crucial do que nunca para convencer potenciais contratantes para 2025...

 

 

Depois de uma década de espera, a Formula-E finalmente faz sua primeira corrida no Japão, país que é considerado uma das mecas da alta tecnologia. O primeiro ePrix de Tóquio será disputado em um traçado urbano montado na zona sul da grande metrópole nipônica, na área de Odaiba, junto ao Centro de Exposições Internacionais de Tóquio, também conhecido como Tokyo Big Sith, onde são realizados grandes eventos do país, entre eles a Comic Market, a maior feira de quadrinhos independentes do mundo. O circuito passou por uma pequena mudança de última hora, visando oferecer maior segurança aos pilotos, tendo uma chicane entre as curvas 16 e 17, o que fez com que a extensão do circuito passasse para 2,585 Km, com 20 curvas no total. A prova, na madrugada desta sexta para sábado, com largada prevista para as 02:30 Hrs., pelo fuso horário de Brasília, terá 33 voltas no total, com transmissão ao vivo do Bandsports na TV por assinatura, e pelo canal do You Tube do site Grande Prêmio, que também transmitirão todos os treinos e classificação.

O traçado do ePrix de Tóquio, na área de Odaiba.

 

 

Único time japonês competindo atualmente na Fórmula-E, a Nissan anunciou que usará uma pintura especial para sua participação na prova de estreia no Japão no campeonato. A pintura anunciada pela escuderia traz um carro ornamentado quase que inteiramente pela flor de cerejeira, considerada um dos símbolos do país. O monoposto da equipe já carrega as flores em sua pintura original, mas para a etapa de seu país na competição, recebeu um grande incremento e tanto para esta prova. O carro também traz mensagens em japonês na asa dianteira homenageando seu país de origem. As cores escolhidas seguem como as principais da equipe, o vermelho e o branco. A Nissan, aliás, chega em alta para a corrida na Terra do Sol Nascente: a última prova, realizada aqui em São Paulo, teve triunfo de Sam Bird, piloto da McLaren na F-E, que é time cliente da marca japonesa, usando seu trem de força. Não foi apenas a primeira vitória da McLaren na categoria de carros monopostos elétricos, onde estreou na temporada do ano passado, mas também a primeira da Nissan na história da F-E. O time atual da Nissan era a antiga e.Dams, que era o time oficial da Renault no certame de carros monopostos elétricos. Com a decisão da marca francesa de se concentrar exclusivamente na F-1, a Nissan, sua parceira de mercado e tecnologia, assumiu sua posição, não apenas como fornecedora de trens de força, mas assumindo a propriedade da escuderia, tornando-o seu time de fábrica na competição. E, para completar a festa nipônica na etapa de São Paulo, Oliver Rowland, piloto do time oficial da Nissan, fechou o pódio, superando Pascal Wehrlein e Jake Dennis praticamente na reta de chegada, tirando de ambos a chance de acabarem no pódio. Foi também o segundo pódio consecutivo de Rowland, que também havia terminado no TOP-3 na segunda etapa de Diriyah, na Arábia Saudita. A Nissan ocupa a sexta colocação no Mundial de equipes da Fórmula E, com 41 pontos. Depois de ficar fora dos pontos nas duas primeiras corridas, a equipe japonesa foi ao pódio nas duas seguintes e ainda conseguiu uma pole com Oliver Rowland em Diriyah. No Troféu de Fabricantes, que reúne apenas as fornecedoras de trens de força, o time já é o terceiro colocado, atrás apenas das dominantes Jaguar e Porsche. Será que a Nissan sonha em poder conquistar a vitória em seu país natal, diante de seus torcedores? Seria uma grande alegria, não apenas para o time em si, mas para o público japonês que estará presente assistindo a prova...

O visual especial que a Nissan usará no ePrix de Tóquio.

 

 

A fábrica japonesa, aliás, já pensa longe na F-E, e aproveitou a etapa de Tóquio para anunciar que já assinou acordo para a nova era dos carros Gen4, que estrearão em 2027, o que garante a presença da Nissan no grid da competição de carros elétricos até 2030. Até o presente momento, nenhum outro fabricante anunciou sua participação na nova fase da geração de carros da F-E, e a Nissan mostra seu comprometimento com a competição.

 

 

A presença japonesa no grid da F-E, aliás, vai aumentar. A Lola, tradicional fabricante de carros de competição, anunciou esta semana que irá estrear na categoria de carros monopostos elétricos a partir de 2025, e terá como parceira a Yamaha, no projeto que irá fornecer um novo o trem de força para escuderias interessadas presentes no grid. A marca japonesa dos três diapasões se tornará então a segunda fornecedora japonesa de trens de força na competição. E é possível que entre no grid fornecendo os powertrains do time da ABT, que já anunciou no início do ano que não renovaria seu contrato de fornecimento com a Mahindra, diante dos maus resultados apresentados pelo trem de força da marca indiana. Especulou-se que a Porsche seria a possível nova fornecedora de powertrains do time alemão, mas a Porsche já descartou trabalhar com mais de um time cliente no próximo ano, preferindo manter sua atual estrutura de time de fábrica, e uma equipe cliente, a Andretti, com a qual a marca foi campeã de pilotos no ano passado, com Jake Dennis. Resta esperar que o equipamento a ser desenvolvido pela Yamaha seja competitivo, já que a marca dos três diapasões não teve uma participação de renome quando esteve na F-1, e atualmente está penando para voltar a ser protagonista na MotoGP. Será que a marca terá mais chances de sucesso na F-E?

 

quarta-feira, 27 de março de 2024

COTAÇÃO AUTOMOBILÍSTICA - MARÇO DE 2024


          E estamos praticamente na última semana de março. Indycar, MotoGP e F-1, além das respectivas categorias de acesso deram início a seus campeonatos deste ano, e já vimos um pouco do que elas podem nos oferecer. Portanto, é hora de voltarmos com a Cotação Automobilística, analisando algumas das provas realizadas até aqui e alguns acontecimentos do mundo do esporte a motor deste início de ano, no velho esquema de sempre: EM ALTA (cor verde); NA MESMA (cor azul); e EM BAIXA (cor vermelha). Uma boa leitura a todos...

 

 

EM ALTA:

 

Competitividade da F-E: O certame de carros monopostos elétricos iniciou sua 10ª temporada mostrando que a competitividade do campeonato segue sendo um dos destaques da competição, apesar do favoritismo de alguns times. Uma prova é que a temporada atual teve 4 provas, e 4 vencedores diferentes, e 4 times diferentes vencendo também. Pascal Wehrlein iniciou o ano vencendo pela Porsche; depois Jake Dennis, o atual campeão, venceu a primeira prova de Diriyah com a Andretti. Nyck Cassidy levou a Jaguar a vencer a segunda prova de Diriyah. E aqui em São Paulo, Sam Bird conquistou a primeira vitória da McLaren na categoria, numa disputa de posição que só se definiu nas últimas curvas da última volta. Se é verdade que Porsche e Jaguar possuem os melhores trens de força da competição no momento, não se pode menosprezar a força dos rivais, mesmo estando fora do favoritismo. Ninguém imaginava que a Nissan colocaria dois pilotos no pódio na etapa brasileira, com Oliver Rowland tomando a 3ª posição na reta de chegada, e ainda vendo seu time cliente, a McLaren, vencer a corrida. A DS Penske também tem mostrado força, ainda que não tenha conseguido vencer. E enquanto isso, Porsche e Jaguar estão se digladiando pelos melhores resultados, com altos e baixos de cada lado. Vai ser uma temporada de boas brigas, ainda que as primeiras corridas não tenham sido das mais empolgantes. Mas as pistas mais novas, que permitem aos carros Gen3 mostrarem mais o seu potencial, tem tudo para fazer a competição pegar fogo ainda mais, e proporcionar muitas emoções aos fãs da velocidade.

 

Equipe Penske na Indycar: O time de Roger Penske teve uma campanha irregular no ano passado, e com isso, ficou sem disputar efetivamente o título, conquistado pela rival Ganassi de forma contundente com Álex Palou, e vendo ainda Scott Dixon ficar com o vice-campeonato. Mas a equipe mais poderosa dos Estados Unidos mostrou que em 2024 a situação deverá ser bem diferente. Josef Newgarden venceu com autoridade a corrida de São Petesburgo, largando na pole e liderando quase toda a prova, controlando os adversários. E o time ainda colocou Scott McLahghlin fechando o pódio, em 3º lugar, com Will Power logo atrás, na 4ª colocação, sendo que ambos largaram mais para trás, e vieram para a frente sem maiores dificuldades. Ainda é cedo para afirmar que este será o panorama da temporada, mas é inegável que o time de Roger Penske mostrou grande força na primeira corrida do ano, e foi competente nas estratégias dos pilotos, que também foram à luta na pista. Depois de bater na trave em temporadas recentes, Newgarden mais do que nunca quer o tricampeonato, e larga na frente na temporada 2024, disposto a não perder a chance que se apresenta. Cabe à concorrência, em especial à Ganassi, mostrar que não vai ser assim. E a briga tem tudo para ser boa na pista

 

Domínio da Red Bull e de Max Verstappen na F-1: A combinação do carro da Red Bull com o talento do holandês Max Verstappen tem sido quase impossível de ser batido nas últimas temporadas, e o panorama parece encaminhar para para ser repetido em 2024, a menos que fatores improváveis, como a quebra do carro do tricampeão em Melbourne, aconteçam com mais frequência, o que é um pouco difícil de acontecer, diante da tremenda resistência dos bólidos da F-1 atual, devido às regras de longevidade de vários componentes dos carros. E fica a dúvida patente se Carlos Sainz Jr. teria conseguido o triunfo no Albert Park se Max não tivesse abandonado a prova com os problemas de freios inesperados. Por mais entusiasmado que o pessoal tenha ficado com o novo triunfo da Ferrari, é preciso esperar a próxima corrida para ver se o sucesso será algo mais firme, ou se a prova australiana foi fogo de palha, a exemplo do que vimos em Singapura ano passado. Mas a pole-position de Verstappen no treino dá a mostra de que a sintonia da dupla Red Bull/Max Verstappen será muito difícil de ser vencida em condições normais nesta temporada. Esse é o panorama de expectativa que temos no momento. Se toda a temporada será assim, ainda não sabemos. Convém conter o entusiasmo, e ver o que acontecerá em Suzuka, para conferir se teremos melhores perspectivas, ou o retorno à “normalidade” dos últimos tempos...

 

Pedro Acosta chegando na MotoGP: o piloto Pedro Acosta, nova aposta da KTM como potencial futuro campeão, já veio com tudo em sua estréia na classe rainha do motociclismo. Mesmo defendendo o time satélite da Tech3, o novato brigou pelas primeiras colocações em Losail na corrida, e em Portimão, já conquistou seu primeiro pódio na competição, após o enrosco entre Francesco Bagnaia e Marc Márquez lhe abrir o caminho para a 3ª colocação, mas mesmo assim, é mérito do novato espanhol, que estava onde precisava para faturar com os problemas dos outros. Por mais questionável que tenha sido o modo como a KTM “rebaixou” Pol Spargaró no time da Tech3 para dar lugar a Acosta, ao menos a aposta vem se pagando nestas duas corridas iniciais, com Pedro ocupando a 5ª posição no campeonato, com 28 pontos, sendo a segunda melhor KTM na classificação, atrás apenas de Brad Binder, em 2º, com 39, mas muito à frente de Jack Miller, apenas o 9º colocado, com 16 pontos. Miller, aliás, que fique esperto, pois neste ritmo, tem tudo para ser substituído no time de fábrica da KTM no próximo ano, em detrimento do novo novato-sensação que promete ser uma das atrações da temporada deste ano da MotoGP.

 

Carlos Sainz Jr.: O piloto espanhol foi o sacrificado pela Ferrari para a vinda de Lewis Hamilton para o time rosso no próximo ano, e sem ter por onde corer em 2025, Carlos vem mostrando sua capacidade, a fim de se cacifar perante as outras escuderias. No Bahrein, aproveitou-se dos problemas de Charles LeClerc para fechar o pódio e ser o melhor do “resto” após a dobradinha da Red Bull. O espanhol ficou de fora na Arábia Saudita devido a uma cirurgia de apendicite, e voltou para o cockpit na Austrália ainda precisando saber se estava pronto para competir a fundo novamente. E deu um verdadeiro show, lutando pela pole-position com Max Verstappen, e pressionando o holandês antes deste abandonar a prova. Depois, soube controlar os ataques de LeClerc, e rumou firme para sua terceira vitória na F-1, e a primeira na atual temporada, e sem estar totalmente 100%, como ele mesmo declarou. Diante da performance, os boatos colocam Carlos como potencial candidato na Mercedes, e até mesmo na Red Bull, ainda que seu nome seja cotado para liderar o projeto da Audi na categoria máxima do automobilismo a partir de 2026, que certamente estará bem servida com as qualidades que Sainz Jr. tem demonstrado. E claro, perguntam-se se a Ferrari não escolheu dispensar o piloto errado para o próximo ano, ou se deveriam ter mantido a atual dupla intacta.

 

 

 

NA MESMA:

 

Reação dos times da F-1 ao domínio da Red Bull: A categoria máxima do automobilismo viu um duelo titânico pelo título da competição em 2021, ainda que tenha sido decidido por uma manobra polêmica na última corrida do ano, e imaginava que a introdução do novo regulamento técnico a partir de 2022 fosse melhorar ainda mais a competitividade da categoria. Mas, pode-se dizer que o tiro saiu pela culatra. Se é verdade que alguns times se colocaram em um duelo renhido uns contra os outros, proporcionando até algumas boas disputas e duelos, no que tange á disputa pelo título, a Red Bull passou a nadar de braçada, com o prejuízo de ter uma dupla desnivelada, o que tornou Max Verstappen praticamente candidato único ao título na prática. Já vamos para o terceiro ano sob os novos regulamentos, e os demais times não conseguem se aproximar do nível alcançado pela equipe rubrotaurina. A Mercedes se atrapalhou em um projeto que parecia ótimo na teoria, mas se revelou desastroso na prática, e com isso perdeu os dois últimos anos, voltando a um caminho mais convencional que ainda levará tempo para ser desenvolvido a contento. A Ferrari começou como favorita em 2022, e desandou completamente, tendo de iniciar uma reorganização que só agora está começando a dar resultados, mas que ainda mantém o time italiano incapaz de desafiar abertamente a Red Bull com a força necessária. McLaren e Aston Martin tiveram altos e baixos, mostrando performances excelentes em várias provas no ano passado, mas sem a regularidade necessária para derrubar o favoritismo de Verstappen. E este ano, tudo parece se manter. A Ferrari evoluiu, mas aparentemente ainda não chegou perto o suficiente para questionar com autoridade a supremacia do time austríaco. O que vimos em Melbourne pode ter sido um ponto fora da curva, que é preciso conferir se vai se repetir, ou não. A Mercedes ainda procura um rumo, e McLaren e Aston Martin evoluíram menos do que o necessário, em comparação com o que fizeram em 2023. E o resto dos times nem chega perto, como a Alpine demonstra. Como muita gente não presta atenção nas brigas intermediárias, parece mesmo que os demais times não saem do lugar, mas infelizmente, o que todos querem ver, que é briga pelas vitórias e título, não está acontecendo, e parece que será outro ano sem que eles consigam apresentar algo, ou se quando conseguirem isso, o ano já estará mais do que encaminhado, como acontecia nos tempos de domínio da Mercedes.

 

Equipe Mercedes ainda tentando se encontrar: A expectativa em relação ao time alemão para 2024 era até alta, mas contida para não exagerar nas cobranças. Com um carro mais convencional, o time pretendia corrigir o rumo equivocado adotado nos dois últimos anos, e pelo menos voltar a lutar por vitórias, e quem sabe, já pelo título. Mas o novo modelo W15 parece necessitar de muito mais desenvolvimento para que possa mostrar capacidade de proporcionar isso a seus pilotos, pois até agora, tem se portado melhor em treinos do que nas corridas. Não há queixas sobre o carro no mesmo nível dos projetos de 2022 e 2023, mas há pontos a serem melhorados, admitindo que a base do novo carro tem potencial. O problema é conseguir alcançar devidamente esse potencial, e a escuderia ainda teve uma novidade desagradável ao descobrir que os dados apresentados nos simuladores não estão batendo com os dados reais de testes, o que demonstra que o time não estava tendo números confiáveis com os quais pudesse trabalhar, o que é um erro crasso para um time de ponta. Desse modo, parece que a escuderia não está sabendo ler os dados do carro como gostaria, e por isso, está sendo mais difícil achar o rumo da evolução do carro. O time já precisava correr mais do que os outros para tentar recuperar os dois anos perdidos dos projetos dos modelos W13 e W14, e o prognóstico inicial do W15 era muito animador, ainda que todos soubessem que ainda teriam muito chão pela frente para voltarem ao lugar aonde estavam até 2021. Pelo visto, depois dos resultados da prova australiana, os desafios serão muito mais complicados do que se esperava, e há muito trabalho pela frente para se achar o caminho certo. Eles irão conseguir? Fica a dúvida...

 

Palhaçadas dos comissários da FIA: Pesquisa realizada entre fãs no Autoracing mostrou que mais da maioria desaprovou a decisão de punir Fernando Alonso pelo acidente ocorrido na Austrália com George Russell, quando o inglês bateu sua Mercedes em perseguição ao piloto espanhol na última volta da prova. A telemetria mostrou que o piloto da Aston Martin fez um pouco mais devagar a primeira curva, desacelerando antes do normal, para depois acelerar forte novamente, no que os comissários entenderam ter sido uma manobra premeditada para desestabilizar Russell, de forma extremamente perigosa. O inglês apenas se assustou e perdeu o controle do carro na entrada da curva, acertando os muros e danificando o carro, que ficou parado no meio da pista, mas em nenhum momento Alonso teria feito um “brake-test” como o acusaram de fazer, tanto que Russell estava mais de meio segundo atrás, e induzir um piloto ao erro não é crime no automobilismo. Mesmo assim, Alonso tomou 20s de punição, e ficou possesso com a decisão. Agora os comissários vão querer determinar como um piloto deve frear seu carro? Induzir o rival a erro sempre foi algo permitido, ou será que isso agora significa algo perigoso? Parece que a FIA infelizmente não consegue se manter longe de polêmicas, e os comissários vem tomando cada vez mais decisões ridículas no afã de garantir a integridade do esporte, que com atitudes assim, vai é perdendo a perdendo a credibilidade e a atratividade que ainda possui...

 

Dinastia Ducati na MotoGP 2024: OK, KTM e Aprilia até tentaram dar o ar da graça nas duas corridas disputadas até agora na temporada deste ano, mas a Ducati ainda é a força dominante na competição. Francesco Bagnaia dominou a prova de Losail, e Jorge Martin mostrou as cartas em Portimão. Mas não foram vitórias fáceis, e a concorrência pode vir para cima e aprontar algumas surpresas. Mas a Ducati tem suas armas, começando por “Pecco” Bagnaia, o atual bicampeão, que é um dos favoritos para repetir o título, e claro, temos Jorge Martin mais sedento do que nunca para conquistar o título, já assumindo a liderança depois do resultado em Portugal. E temos Marc Márquez que aos poucos vai descobrindo os seus novos limites com a moto 2023 da Ducati, que foi a moto campeã do ano passado, e já mostrou neste início de temporada mais do que pode exibir durante quase toda a temporada do ano passado. E a equipe oficial ainda tem um Enea Bastianini de volta à velha forma, e determinado a mostrar o seu valor para continuar no time de fábrica. E não nos esqueçamos da VR46, que embora ainda não tenha vindo para a briga, tem plenas condições de engrossar a lista do poderia das Desmosédicis na pista. E com Yamaha e Honda ainda fora de combate, até se acertarem melhor.

 

Equipe Williams: o time fundado por Frank Williams já foi o mais eficiente e competitivo da F-1 em seus bons tempos, mas ultimamente luta para sair do fundão do grid, o que até consegue em alguns momentos, mas para a temporada deste ano, será mais um campeonato difícil. Na Austrália, então, situação pra lá de  vexaminosa quando a escuderia, sem ter chassi reserva, optou por dar o carro de Logan Sargeant para Alexander Albon disputar a corrida, depois do anglo-tailandês bater forte e arruinar seu chassi. Albon até fez o que pode, mas mesmo com os abandonos do pessoal da frente, ele não conseguiu terminar na zona de pontuação, mostrando como o carro não é dos mais eficientes. Sacrificar a participação de Sargeant na prova para priorizar Albon não foi uma decisão injustificada, mas o time deveria ter um chassi reserva, como todos os demais tem, para casos como este no fim de semana de GP. Como os danos no carro foram extensos (chassi, motor, câmbio), é possível que a escuderia ainda corra apenas com um piloto na próxima corrida, no Japão, se não conseguir consertar o chassi danificado, ou providenciar um novo. Realmente, a Williams de hoje não é nem sombra o que já foi um dia, para tristeza de seus fãs, e da própria história da F-1, vivenciando uma situação vivida por outros times que um dia já foram poderosos, como Lotus, Brabham, Tyrrel, Ligier, etc.

 

 

 

EM BAIXA:

 

Brasileiros na F-E 2024: Com quatro corridas disputadas, o quadro de nossos representantes na F-E na atual temporada é desanimador. Sergio Sette Camara conseguiu arrancar 2 heróicos pontos na etapa da Arábia Saudita, mas a ERT virou uma verdadeira draga, que promete afundar sua dupla de pilotos, se não pela falta de competitividade, pela incompetência, já que a escuderia simplesmente deu um feedback errado ao brasileiro na etapa de São Paulo, que não só o fez despencar na volta final, sem energia, a qual diziam que não era problema, como ainda por cima acabaram fazendo com que Sergio acabasse desclassificado, vejam só, por usar energia “demais”, como se Camara já não tivesse sido castigado pelo erro do time e perdido várias posições. A paciência de Sergio com o time tende a se esgotar rapidamente, caso novos erros assim aconteçam, e já seria o momento de sair à caça de um lugar mais competitivo para 2025. Já Lucas Di Grassi, sem pontos até o presente momento, continua preso à pouca competitividade do trem de força da Mahindra, que até ensaiou uma recuperação em São Paulo, mas que na corrida mostrou que ainda sofre um forte retrocesso, com Lucas ficando incapaz de alcançar a zona de pontos. Mas Di Grassi já sabia que o ano seria complicado, diante da ABT estar presa por mais um ano ao trem de força da marca indiana. Sua meta era contar com um carro mais competitivo só em 2025, quando sua nova escuderia poderá mudar de fornecedor do trem de força, o que não ocorreria se ficasse ainda na Mahindra. Com praticamente um quarto da temporada realizada, de fato o panorama dos dois brasileiros em relação a bons resultados em 2024 parece cada vez mais escasso.

 

Equipe Alpine: O time francês confirmou as impressões da pré-temporada, e mostra que 2024 pode ser um verdadeiro calvário. O novo modelo A524 não se mostrou competitivo, e tanto Esteban Ocón quanto Pierre Gasly já deram mostras de grande insatisfação com o desempenho do carro, para não falar da organização da escuderia, que já perdeu mais alguns integrantes de seu alto escalão, os quais precisaram ser substituídos, o que mostra que internamente o time parece estar perdido, o que já vem desde o ano passado, quando a cúpula da equipe acabou despedida. Na comparação de tempos, o time da Renault conseguiu a proeza de ser o único que demonstrou estar mais lento este ano, enquanto os demais evoluíram suas performances de 2023 para cá com seus novos carros. Há promessas de se dar uma reviravolta, sendo citado o modo como a McLaren iniciou 2023, para dar a volta por cima a meio do ano, e o time encerrar o ano passado como um dos mais fortes do grid, mas será que eles conseguem repetir a façanha da escuderia de Woking? Especialmente com as mudanças de pessoal no time? A persistir esse aparente descalabro, os próximos a pularem fora devem ser seus pilotos, que certamente vão se lançar na busca por melhores lugares em 2025, e tentar escapar de naufragarem junto com o time francês, que já vê até boatos de que poderia ser vendido para Michael Andretti, e transformado no novo time de F-1 que a Liberty Media recusou conceder entrada recentemente, numa das mais estapafúrdicas decisões recentes da categoria máxima do automobilismo. Será que a Alpine se reergue, ou naufraga de vez?

 

Ganância da F-1 ao barrar a Andretti: Não é de hoje que a categoria máxima do automobilismo está estancada em apenas 10 times, com 20 pilotos no grid. Em tempos que vão ficando cada vez mais remotos, o grid tinha 13 times e 26 carros largando, em em determinados momentos, até mais do que isso. Geralmente tínhamos 30 carros disputando as 26 vagas, de modo que sempre os 4 pilotos mais lentos ficavam de fora, o que ocasionava uma briga de foice para ver quem conseguia ou não largar. Agora, os tempos são outros, é verdade, mas que a F-1 precisa ter um grid mais cheio, todo torcedor concorda, desde que tenha boas condições de competição, e não fique apenas fazendo figuração no grid. Por isso mesmo, a Andretti tenciona se preparar adequadamente para participar da F-1 com a devida seriedade, e se mostrar um nome competitivo no grid. Para tanto, está construindo novas sedes e estrutura compatível com as necessidades do desafio, inclusive contando com o apoio da GM, através da marca Cadillac, para essa empreitada. Mas, no que depender da Liberty Media, parece que tão cedo não teremos novos times na competição. Apresentando um rol de justificativas fúteis e esdrúxulas, a empresa que administra a categoria máxima do automobilismo, em conluio com a maioria das equipes, simplesmente recusou a entrada da Andretti, alegando que a nova escuderia quer se aproveitar da F-1, e que não agrega nenhum valor à competição. No fundo, mesmo, o que está acontecendo é que os times atuais não querem dividir o valor da bolada dos lucros que recebem com mais um time, daí a lista de motivos ridículos, chegando a ofender a inteligência, para dar um ar coerente e embasado à sua recusa. Definitivamente, a F-1 acaba com sua credibilidade com atitudes cretinas como essa, e faz cada vez mais não merecer o status que possui de principal categoria de competições automobilísticas do mundo. A FIA analisou o pedido e as condições, aprovando a entrada da Andretti, mas isso não pareceu comover ninguém na Liberty, que cedendo à pressão dos times, simplesmente rejeitou o novo time, pelo menos até 2028, alegando que com a presença da Cadillac eles poderiam dar uma nova chance, se alguém for ingênuo de acreditar nisso...

 

Palhaçada na prova extra-campeonato da Indycar: Tentando dar uma agitada no período de mais de um mês que ficou no calendário de 2024, a Indycar aceitou realizar sua primeira prova extra-campeonato em mais de 15 anos, no circuito privado do The Thermal Club, na Califórnia, mas as regras inventadas para esta corrida especial foram complicadas demais, e o resultado foi um evento confuso, sem rumo, difícil de entender, e com uma corrida absolutamente enfadonha, sem emoção alguma, que certamente não deixou nenhuma boa impressão. Entre as imbecilidades vistas, Pietro Fittipaldi acabou desclassificado porque seu time não completou o combustível de seu carro, e sem largou para a segunda “bateria” de ridículas 10 voltas de uma corrida de apenas 20 giros. Tentaram inventar demais, e a única coisa positiva, se é que teve, foi que os pilotos puderam rodar bastante com seus carros nos treinos livres, o que ajudou alguns deles a acertarem melhor seus equipamentos, como foi o caso de Álex Palou, que dominou a “corrida” de classificação de a prova propriamente dita. No mais, foi um fim de semana que não será lembrado por ninguém que realmente curta automobilismo, mostrando que a Indycar precisa calcular melhor suas ações quando tenta fazer esse tipo de atividade, que foi mais comum no passado, mas não ficava querendo reinventar a roda para se promover. A falta de ação na pista resultou na pior audiência de um evento da Indycar nos últimos dois anos, então...

 

Daniel Ricciardo em risco novamente na F-1: Resgatado como piloto titular na Alpha Tauri no ano passado, após ter acertado ser piloto de testes da Red Bull depois de sua demissão da McLaren, Daniel Ricciardo passou a ser considerado até candidato potencial a substituir Sergio Perez no time principal dos energéticos, caso o mexicano não rendesse este ano na pista. Só que para isso, o australiano precisa mostrar resultados, e até o presente momento em 2024, ele vem tomando tempo de Yuki Tsunoda, que nunca foi considerado grande coisa em termos de piloto, apesar das boas performances que resultaram em importantes pontos para o time no início de 2023. Então, Ricciardo já estaria na marca do pênalti novamente na nova Vusa RB, e poderia perder sua vaga para Liam Lawson já na etapa de Miami, o que o colocaria novamente no ostracismo, e talvez de forma definitiva na F-1 como piloto titular. Problemas do carro à parte, Daniel conhece o esquema de fritura de pilotos de Helmut Marko, portanto, ele que se cuide, e trate de acelerar, por        que o bonde pode andar, e no que o consultor austríaco já se acostumou a fazer, Daniel seria apenas mais uma caveira no currículo de pilotos demitidos de Marko. Será que Daniel reage, e escapa dessa degola, ou vai sucumbir?