E chegou a hora de acelerar nas duas rodas. A MotoGP vem aí, com a primeira corrida da temporada 2023, e portanto, aqui vai um pequeno texto do que esperar da disputa no campeonato
deste ano. Uma boa leitura a todos...
MOTOGP 2023
A Ducati comanda uma hegemonia no grid da classe rainha do motociclismo nesta temporada, com vistas a repetir a conquista do título de 2022, e marcas rivais na condição
de azarões
Adriano de Avance Moreno
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Portimão dá a largada para a MotoGP 2023.
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A MotoGP vai dar início à temporada de 2023 com uma grande expectatativa: quem será capaz de deter a Ducati este ano? A marca de Bolonha vem de um grande campeonato
conquistado no ano passado, quando venceu a competição pela segunda vez desde que passou a competir na classe rainha do motociclismo, e mesmo assim, o triunfo só foi coroado de fato na etapa derradeira
do campeonato, em Valência, levantando temores se poderia sofrer uma reviravolta na última hora, como não conseguira fazer em 2021, perdendo a disputa para a Yamaha e Fabio Quartararo, apesar da ascenção
meteórica do time oficial de Borgo Panigale.
No ano passado, a temporada se iniciou de forma vitoriosa, e ao mesmo tempo, complicada para a Ducati. Vitoriosa porque a marca italiana surpreendeu de início vencendo, mas com
o time satélite da Gresini, com Enea Bastianini. Fabio Quartararo, mostrando porque foi campeão no ano anterior, tratou de mostrar quem mandava na disputa, enquanto no time oficial, Francesco Bagnaia tinha problemas
para domar sua moto, e a si próprio, cuja impetuosidade o levara a quedas demasiadas para alguém que queria ser campeão do mundo. O time de fábrica fez sua parte, tornando a Desmosédici mais
controlável, e coube a “Pecco” também fazer o que lhe cabia, no que o italiano surpreendeu para pulverizar uma desvantagem de mais de 90 pontos para Quartararo, e chegar à disputa como favorito
na pista de Valência. Bagnaia fez valer a força da moto italiana, que venceu tanto com seu time oficial como com a equipe satélite Gresini, terminando como o equipamento mais competitivo do grid.
E é dessa maneira que vemos a Ducati em 2023. A marca italiana mostrou na pré-temporada que tem tudo para não apenas repetir a conquista do título, como
dominar a competição, para desespero dos rivais. O time de fábrica mostrou excelente performance, com “Pecco” deitando e rolando nos últimos testes, na pista de Portimão. A MotoGP
ainda fez mais duas sessões de testes preparatórios, onde a Ducati continuou no topo da tabela de tempos, mas com Luca Marini, da VR46, que compete com o modelo GP22, que foi campeã com o time de fábrica
em 2022, mostrando que o equipamento continua muito competitivo este ano. Faltava, claro, o time de fábrica mostrar as garras com a nova GP23, exclusiva do time oficial de fábrica, e da equipe satélite
Pramac. Juntando o time oficial, mais a Pramac, VR46, e Gresini, e a Ducati reúne 8 motos no grid. Pode ser o mesmo número do ano passado, mas a conquista do título, de pilotos e de construtores, já
torna a moto italiana a grande força do grid. Especialmente pelo que a VR46 demonstrou, que mesmo utilizando a moto de 2022, ela ainda é uma força na pista. Bons presságios para a Gresini, que também
a utilizará, e preocupação para a concorrência. No ano passado, foram 12 triunfos da marca italiana, contra 8 da concorrência (três da Yamaha, duas da KTM, duas da Suzuki, e 1 da Aprilia),
ou seja, venceu 60% das corridas da temporada. E tem tudo para fazer esse número se manter, ou até crescer em 2023.
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A Ducati encerrou seu jejum de títulos em 2022 com força total, e pretende repetir a dose em 2023. E Francesco Bagnaia traz o Nº 1 de volta à competição em sua moto (abaixo).
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E é o time de fábrica da Ducati que vem ainda mais reforçado este ano. Francesco Bagnaia é o homem a ser batido, e para mostrar que está confiante,
ele é o primeiro piloto em muitos anos a usar o número 1 na frente de sua moto, contrariando uma prática dos últimos campeões da competição, que nunca fizeram questão
de ostentar o mítico número do vencedor, preferindo manter suas numerações tradicionais, como o 46 de Valentino Rossi, e o 93 de Marc Márquez. “Pecco” conseguiu corrigir seu rumo
em 2022, errático a princípio, para demolir a vantagem acumulada por Fabio Quartararo e conquistar o título na reta final do ano passado, sabendo controlar seu arrojo e impetuosidade, para saber também
pilotar com a cabeça, quando necessário. Mas, se o italiano surge ainda mais forte para tentar o bicampeonato este ano, ele precisa ficar atento, porque o maior perigo está bem do seu lado no box: Enea
Bastianini, depois da brilhante campanha feita com a moto antiga na Gresini, acabou premiado com a promoção ao time oficial de fábrica. Enea venceu 4 GPs em 2022, perdendo apenas para Bagnaia, que triunfou
em 7 oportunidades. Em outras palavras, ele venceu mais corridas até do que o vice-campeão, Quartararo, tendo terminado a temporada em 3º lugar, um feito notável, e que não passou despercebido.
E agora, no time principal da Ducati, e contando com o mesmo equipamento do atual campeão, a expectativa é de um duelo férreo na pista pela primazia da escuderia e pelo campeonato. E a se confirmar a competitividade
da nova Desmosédici, a concorrência que se cuide, porque Enea vai querer chegar chegando. E, por isso mesmo, se a nova moto for tudo o que o time espera, o duelo entre os dois pilotos deverá ocorrer sem
freios por parte da direção da escuderia, desde que eles não se estranhem na pista, algo que os rivais estão torcendo para que aconteça o quanto antes, a fim de abrir brechas que eles possam
aproveitar. Segundo Bagnaia, o time de fábrica cumpriu todas as tarefas programadas na pré-temporada, e está totalmente pronto para iniciar a temporada, sem nenhum problema tendo sido encontrado. Se houve
algum percalço, eles conseguiram disfarçar muito bem, mas não parece ter sido o caso, o que causa calafrios nos concorrentes do grid.
E quem será o desafiante da Ducati na temporada 2023? A Yamaha surge como uma das opções, mas sem saber exatamente qual a dimensão de seu déficit
de performance para as Desmosédici do time de fábrica. Se no ano passado Fabio Quartararo conseguiu levar a Yamaha no braço e na sorte até a definição do título cair na derradeira
etapa da temporada, o desafio parece bem mais complicado para este ano. Em 2021, a Ducati já tinha mostrado sua evolução durante a temporada, mas a reação veio tarde demais, de modo que o
piloto francês já tinha acumulado vantagem suficiente para administrar os resultados, e a Yamaha ainda era uma moto mais competitiva. Já no ano passado, a reação da marca italiana não
apenas veio mais cedo, como de forma ainda mais contundente. Quartararo tentou repetir a mesma estratégia, e quase deu certo novamente, mas guiando sempre no limite, acabou cometendo erros em alguns momentos cruciais
que se mostraram decisivos para a perda do título, sem ter como compensar em outras provas.
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Álex Márquez deixou a Honda (LCR) e vai de Ducati em 2023, com a Gresini.
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Por isso mesmo, o francês cobrou da marca dos três diapasões uma moto mais competitiva, e o time entendeu o recado, sabendo que não pode confiar apenas no
talento de seus pilotos para equilibrar a disputa. Correndo sempre no limite, os riscos de erros, e até de problemas no equipamento se potencializam, já que não há margem para erros, e a vantagem
demonstrada pela Ducati na pré-temporada indica que Fabio pode até dar briga, mas não vai conseguir ameaçar a equipe de Borgo Panigale como seria de se esperar para lutar a fundo pelo título.
O principal problema é a potência do motor, que ainda deve para a Ducati, o que resulta em menor velocidade de reta da moto nipônica. Se em 2021 Quartararo conseguiu equilibrar a briga graças à
estabilidade do conjunto, a ponto de contrabalançar a falta de potência em relação aos rivais, no ano passado esse trunfo acabou quase completamente neutralizado pela concorrência, que só
não deixou a marca dos três diapasões ainda mais para trás por azares e percalços variados. A Ducati continua sendo a moto mais rápida do grid, e pelo comportamento demonstrado na pista,
não possui pontos fracos que possam ser explorados facilmente pelos concorrentes, o que indica que a Yamaha deve incomodar, mas não tirar o sono do fabricante italiano. Em Portimão, ficou patente a diferença
de velocidade da Yamaha para os concorrentes, com Quartararo marcando 339,6 de velocidade na reta, contra 347,2 da Ducati de Jorge Martin, da satélite Pramac, sendo que o francês viu 13 motos serem mais rápidas
em reta que a sua. Segundo o campeão mundial de 2021, o desempenho melhorou, mas diante da evolução da concorrência, a situação ainda continua difícil.
Mas o perigo não vem apenas do time de fábrica da marca de Bolonha. Seus times satélites também podem dar trabalho, fazendo com que Quartararo tenha de se
digladiar com eles também, tanto quanto com a dupla da equipe de fábrica. A Pramac e a Gresini virão para cima, se tiverem condições, assim como a VR46, e mesmo a GP22 de 2022 ainda se mostra
um equipamento forte, que pode enfrentar os demais times do grid, tornando a missão da Yamaha ainda mais complicada. Se Quartararo já mostrou que pode se garantir na pista, a dúvida é se Franco
Morbidelli conseguirá reverter a má impressão deixada na temporada passada, quando foi completamente ofuscado pelo colega francês, e mal conseguiu chegar perto de lutar pelas primeiras posições
nos GPs. o ítalo-brasileiro, que em 2020 conseguiu superar Fabio com grande destreza, caiu muito de rendimento com a moto oficial, e já foi duramente criticado pelo time, que espera melhores resultados do piloto,
ainda mais na dura luta que travará nesta temporada. Ou ele desencanta, ou poderá ficar a pé na próxima temporada.
A Gresini surpreendeu com as vitórias de Enea Bastianini ano passado, e pretende manter a toada em 2023, numa disputa particular com a Pramac para mostrar-se como melhor time
satélite da Ducati, ainda mais diante da diferença de equipamento: a Pramac utilizará a mesma GP23 do time de fábrica, enquanto a Gresini terá a moto campeã do ano passado, a GP22.
Na Pramac, Johann Zarco vai para mais uma temporada tentando desencalhar na classe rainha, onde chegou como sensação, e viveu um período de baixo rendimento, só se reencontrando recentemente no
time satélite da Ducati. Zarco fez boas performances no time, mas a vitória ainda não veio. Contando com a mesma GP23 do time oficial, o francês espera fazer bom uso do equipamento, o que também
vale para Jorge Martin, que assim como Johann, tem feito boas apresentações também, mas com ambos, e o próprio time, pecando um pouco na constância, o que os impediu de alçar vôos
maiores até aqui. Assim sendo, time e pilotos precisam justificar a escolha de receberem o equipamento mais atualizado da marca italiana, algo que a Gresini tem todo o direito de reinvindicar de igual tratamento. O
time pode ter perdido Enea Bastianini, promovido ao time oficial, mas ganhou o reforço de Álex Márquez, irmão mais novo de Marc Márquez, que decidiu trocar a LCR e a complicada moto da Honda
pelo equipamento mais competitivo à disposição da Gresini, e tem a chance de finalmente sair da sombra do irmão hexacampeão mundial. Com os problemas que a Honda enfrenta com seu equipamento,
Álex poderá mostrar, com uma moto mais competitiva, do que realmente é capaz, já que sua performance até agora acabou prejudicada não apenas pelo equipamento problemático da
marca nipônica, como pela comparação com o próprio irmão mais velho. E ainda temos a VR46, o time de Valentino Rossi, que teve uma boa estréia como equipe completa no ano passado, dentro
das expectativas, e quer tentar crescer em 2023, tendo mantido sua dupla titular, com Luca Marini e Marco Bezzecchi, que terão a moto modelo 2022 para mostrar o que sabem. E tanto Pramac como Gresini e VR46 podem se
tornar fortes dores de cabeça para a dupla da Yamaha. A dúvida é quão forte serão estas dores de cabeça, e sua frequência ao longo da temporada.
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A Yamaha tem em Fabio Quartararo seu grande trunfo, mas vai precisar de mais do que isso para enfrentar as Ducatis.
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A Yamaha também enfrenta outro revés para 2023. A marca nipônica perdeu seu time satélite, a RNF, que cansou dos problemas enfrentados com a YZR-M1 e o descaso
com que acabou sendo tratada pelo time oficial da fábrica, e resolveu optar por outra marca este ano, passando a usar motos da Aprilia, que foi uma das sensações da temporada passada. Isso acabou tornando
a Yamaha usuária exclusiva de seu equipamento, assim como a rival Honda, uma vez que todas as demais marcas possuem mais de um time no grid. Uma situação impensável algum tempo atrás. Isso
dificulta a obtenção de maior número de dados para estudo de desenvolvimento da YZR-M1, já que só se poderá contar com a dupla titular do time de fábrica, enquanto os rivais
contam com mais pilotos para poder extrair o maior número de informações possíveis de seu desempenho. Um ponto que a rival italiana é a maior beneficiária, por contar com 4 times e
8 pilotos no grid, gerando um fluxo de dados muito maior, e oferecendo maiores chances de evolução do desempenho do equipamento. O time dos três diapasões sabe o que tem que fazer, mas como fazer
é que está sendo o problema, tanto que testou várias configurações na pré-temporada, assim como a Honda, e pelo menos, parece ter encontrado algo. Resta saber se isso não será
fogo de palha, ou se eles conseguirão efetuar um desenvolvimento condizente com o histórico da marca, e continuar na luta pelo título em 2023.
Como a confirmar a forma da Ducati, basta lembrar que o último dia de testes em Portimão terminou com sete motos da marca italiana no TOP-10, com Bagnaia a anotar o melhor
tempo, com uma vantagem de 0s757 em relação ao recorde oficial da pista do Algarve. Fabio Quartararo, no grito, conseguiu o 3º tempo, com a Yamaha, enquanto Brad Binder, com a KTM, fez o 9º tempo, pouco
mais de 0s5 atrás, e Aleix Spargaró, com a Aprilia, em 10º, a 0s6 de distância.
E a Aprilia? O time italiano surpreendeu em 2022, obtendo suas primeiras pole e vitória na competição, e Aleix Spargaró terminou o ano numa bela 4ª
posição, que poderia ter sido até mais, se o time não tivesse enfrentado certa instabilidade na performance em algumas provas, o que foi crucial para Spargaró ficar fora da briga pelo título,
embora tenha se mantido na disputa em boa parte da temporada. A dúvida que fica é se a Aprilia continuará crescendo este ano, e se colocará como uma adversária mais constante e ferrenha da
Ducati, além de conseguir duelar com a Yamaha, no caso do time italiano se mostrar mais competitivo. O bom momento da marca em 2022 se traduziu na arregimentação da equipe RNF, que passa a ser satélite
da Aprilia para este ano, tendo deixado de usar as motos da Yamaha. Mas a equipe de fábrica tem dois desafios prementes adicionais para este ano: o primeiro deles é que Maverick Viñalez desencante com
a moto italiana. O piloto espanhol chegou ao time ainda no final de 2021, depois de ser despedido da Yamaha, após se desentender com a escuderia nipônica, e desde então vem tentando evoluir no novo time.
Em 2022, contudo, Viñalez foi completamente ofuscado por Aleix, tendo obtido apenas 3 pódios, contra 6 do companheiro de time. E enquanto Aleix surpreendeu por disputar até o título, Maverick terminou
o ano em 11º lugar, com 90 pontos a menos que Spargaró. Para quem brilhou na Suzuki e na Yamaha, a expectativa é que Viñalez esteja pronto para extrair tudo do seu equipamento em 2023, e possa ajudar
o time a lutar com maior efetividade contra os concorrentes.
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Sensação em 2022, a Aprilia quer mostrar que segue crescendo em 2023.
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Outro problema é que Aleix precisou operar o braço para tratar de um caso de fibrose, e isso pode impactar no seu desempenho nas etapas iniciais, a depender de quão
intensa foi a intervenção cirúrgica, e o seu tempo de recuperação necessário. Mesmo sendo considerada uma cirurgia tecnicamente simples, isso pode gerar um revés para o piloto,
que certamente não estará 100% para a primeira corrida da temporada. E Aleix, mesmo fazendo todo o procedimento de recuperação recomendado, só conseguirá verificar suas condições
de pilotagem no primeiro treino livre. Até lá, a Aprilia fica na apreensão de como o piloto se apresentará para o início da temporada 2023.
E a Honda? Aqui, dividimos as expectativas, entre a escuderia nipônica, e sua maior estrela, Marc Márquez. O piloto fez uma quarta, e até prova em contrário,
cirurgia para resolver definitivamente seus problemas da fratura ocasionada na abertura da temporada de 2020, que na tentativa de um retorno precipitado, acabou se transformando em um transtorno que tirou a “Formiga
Atômica” de toda a temporada daquele ano, e comprometeu seu desempenho em 2021. No ano passado, imaginava-se que o hexacampeão estaria recuperado, mas não foi o que aconteceu, o que o motivou a passar
por uma derradeira operação para resolver de vez por todas os seus problemas, e desta vez, fazendo uma recuperação prudente, e sem desacatar as recomendações médicas. O resultado
surtiu efeito, e nas provas finais de que participou em 2022, Marc parece ter voltado em parte à velha forma, mas visando uma recuperação completa para 2023. Bem, 2023 chegou, e pela parte do piloto, ele
parece estar pronto para recuperar o seu respeito na pista, e voltar a assombrar os rivais como fez na década passada, quando atravessava os rivais como se fosse um verdadeiro rolo compressor. Ou quase pronto para repetir
isso. Ele mesmo já admitiu que mesmo recuperado pode não apresentar a mesma performance de antes, o que não significa que perdeu seu ímpeto, apenas que terá de evoluir sua maneira de conduzir
a moto, como todo piloto faz ao longo de sua carreira. Ela já demonstrou que ainda é capaz de assombrar a concorrência como fazia antigamente, mostrando que seu enorme talento ainda está lá.
A questão agora é: ele terá moto para isso?
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A Honda é uma incógnita para 2023, mesmo contando com o retorno de Marc Márquez com força total.
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A Honda, após passar boa parte da década passada dependendo quase exclusivamente do talento da Formiga Atômica, agora se vê perdida, depois do tempo em que
ficou sem contar com seu principal piloto, tendo que encontrar um novo rumo de desenvolvimento para a RC213V. No ano passado, eles não conseguiram isso, o que gerou várias reclamações do hexacampeão
a respeito da competitividade da moto, e a situação parece não ter melhorado muito para este ano. Márquez evita jogar a toalha, mas admite que o time não está em condições
de disputar o pódio, e muito menos a vitória neste início de temporada. No último dia de testes, em Portimão, o hexacampeão terminou em 14º, a cerca de 0s8 de diferença
para Bagnaia. Joan Mir, campeão de 2020, e seu novo companheiro de equipe, foi apenas o 13º. A prova de quanto o time nipônico não consegue encontrar uma solução para melhorar o desempenho
de seu equipamento foi a solicitação de ajuda à Kalex, empresa que presta serviços de engenharia para a categoria Moto2, com vistas a reprojetar completamente a moto japonesa, com perspectiva de
estrear o novo protótipo em maio. Para se ver o estado desorientado da Honda, a equipe testou 4 motos diferentes na pré-temporada, testando inúmeras modificações, sem ter encontrado um resultado
condizente com suas necessidades. Isso é preocupante.
Para Pol Spargaró, que disputou as duas últimas temporadas pela Honda, o time perdeu o rumo do desenvolvimento da moto, centrado unicamente em Marc Márquez, após
seu acidente em 2020. Mas não foi só isso: a marca japonesa tinha uma moto arisca, de difícil temperamento, ao qual apenas Márquez conseguia extrair performance dela, de modo que os demais pilotos
que competiam com o equipamento eram ignorados sobre as necessidades do acerto ser mais flexível para atender a eles. Como Márquez, apesar disso, vinha conquistando títulos e vencendo corridas, a marca
deu de ombros para os avisos de seus demais pilotos, o que só piorou o problema, quando ficaram sem o hexacampeão. E até hoje, não conseguiram reencontrar o rumo de desenvolvimento do equipamento,
que ficou para trás diante da evolução dos concorrentes, tanto que a Honda foi a lanterna do campeonato de construtores do ano passado, quando não venceu nenhuma corrida, e conseguiu apenas 2 pódios.
Todo o desenvolvimento feito na última década da marca foi direcionado para um protótipo que só Márquez conseguia lidar, e todo esse conhecimento não serve para desenvolver a moto
atualmente, até porque os riscos de pilotagem, sempre na linha da navalha, eram altos. Marc Márquez sofreu vários acidentes, mas sempre conseguia escapar relativamente ileso da maioria deles, até
que o sofrido em Jerez, em 2020, mostrou que a sua sorte tinha limites, e acabou por atrapalhar sua carreira por três anos inteiros. Agora recuperado, é a Honda que precisa reencontrar o rumo para dar a seu grande
campeão uma moto competitiva, que pelo menos lhe ofereça a chance de tentar igualar a disputa com as favoritas Ducati, até mesmo para evitar perder o hexacampeão para a concorrência. Marc
elogia muito o time e todo o seu esforço para encontrar respostas para a situação atual, mas claro que paciência tem limite, e se ele ver que o time não está conseguindo lhe proporcionar
chances de disputar novamente o título, pode muito bem tentar buscar outros ares. E a Honda, por sua vez, pode nunca se recuperar desta perda. O contrato de Márquez vai até o fim de 2024, e o espanhol
não pretende tomar nenhuma decisão precipitada, o que não quer dizer que a Honda não precise se mexer com urgência. O que talvez alivie a marca da asa dourada é que a Ducati, no presente
momento, está tão bem que já declarou que não precisaria de Márquez em suas fileiras, confiando em seus pilotos, o que limita parte das opções de times competitivos que poderiam
seduzir o hexacampeão, que talvez não tenha melhores opções para onde ir em busca de um melhor equipamento. Mas, tudo pode mudar, dependendo das circunstâncias. E o problema da Honda acaba
se estendendo ao seu time satélite, a LCR, que acabou tragada para a segunda metade de trás do grid devido aos problemas de performance da moto. Takaaki Nakagami vai para sua 6ª temporada no time, sem conseguir
achar outras opções de competição na classe rainha, e terá um companheiro forte, Álex Rins, egresso da Suzuki, que deu à marca dois triunfos no ano passado.
Com relação à KTM, a marca austríaca parece ter empacado em algum lugar, conseguindo alguns brilhos ocasionais, mas mostrando-se incapaz de voar mais alto.
A equipe venceu duas corridas em 2022, graças ao senso de oportunidade de Miguel Oliveira, mas o time não foi além da 6ª posição de Brad Binder na temporada. A KTM, tendo uma colaboração
técnica com a Red Bull a partir desta temporada, espera crescer de desempenho, e no encerramento da pré-temporada, Binder marcou o 9º tempo, cerca de 0s5 mais lento que o atual campeão e sua Ducati,
mas será preciso ver como o time se comportará durante o ano, já que a temporada passada até foi constante, mas no meio do pelotão, sem cair para o fim do grid, mas também sem avançar
para a frente, como seria desejável. E os rivais se apresentam bem fortes este ano. O potencial do time austríaco existe, mas parece faltar um foco e maior constância na performance. Será que a marca
desencanta este ano? Todos torcem por isso, para melhorar a competição.
A MotoGP, contudo, entrou em 2023 com uma importante baixa: a Suzuki, numa decisão inesperada, resolveu deixar a competição, pegando todo mundo de surpresa em meados
do ano passado, justamente quando a marca tentava um fortalecimento de sua posição, depois de conquistar o título na temporada de 2020 com Joan Mir. de ressaltar que o time despediu-se em alta, com vitória
de Álex Rins na prova de Valência, mostrando que o time japonês tinha plenas condições técnicas de seguir na categoria. Assim, teremos 11 equipes e 22 pilotos no grid este ano.
Com relação ao calendário, este será o maior da história da MotoGP, com um total de 21 etapas. Na verdade, a temporada de 2022 também tinha
21 provas programadas, mas a etapa da Finlândia acabou cancelada de comum acordo, devido ao temor do confronto da invasão da Ucrânia pela Rússia. Como a Finlândia solicitou adesão para
entrar na Otan, temeu-se uma retaliação por parte de Moscou contra o país escandinavo. Esse temor, de um conflito onde ninguém sabe por quanto tempo poderá se estender, motivou a retirada
da prova finlandesa da competição, antes mesmo de ter conseguido estrear no calendário.
Por outro lado, a MotoGP estreará duas novas corridas na competição. A primeira delas será o GP do Kazaquistão, programado para 08 de julho, última
prova antes das férias de verão da competição, na nova pista de Sokol. A outra novidade no calendário é a etapa da Índia, no circuito de Buddh, que sediou provas da F-1 na década
passada, e que agora fará sua entrada na classe rainha do motociclismo.
Os fãs mais atentos haverão de notar que a temporada de 2023 já chega com uma novidade: Portimão, em Portugal, irá abrir a competição
este ano, ao invés da pista de Losail, no Qatar, que tem sido o palco inicial da temporada nos últimos anos. O circuito catari está passando por reformas, já que este ano passará a fazer
parte frequente do campeonato da F-1, e por isso, a etapa da MotoGP acabou realocada para o fim do ano, sendo a penúltima etapa da competição, imediatamente antes da etapa final, que continuará
sendo realizada no Circuito Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha. A etapa da Indonésia, em Mandalika, também acabou sendo realocada, de forma a otimizar a logística de transporte, e foi para o
segundo semestre, vindo logo após a etapa do Japão, e a caminho da etapa seguinte, na Austrália.
CORRIDAS SPRINTS: NOVIDADE GOELA ABAIXO
A grande novidade da temporada 2023 da MotoGP são as corridas sprint, novidade adotada pela F-1 há duas temporadas, e que agora farão parte também da classe
rainha do motociclismo. Mas, diferente da categoria máxima do automobilismo, as corridas curtas virão de cabeça e goela abaixo, sendo realizadas em todos os GPs da temporada, e aplicadas sem nem terem
sido discutidas com os participantes do campeonato. A novidade foi anunciada no ano passado, por FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e Dorna (promotora da MotoGP), sem nem ao menos ser estudada ou discutida
com equipes, e principalmente pilotos, e também sem nem dar detalhes de como isso seria feito. Equipes e pilotos acabaram sabendo da novidade pela imprensa, e a falta de informações a respeito deixou todo
mundo com o pé atrás, e muito descontentes com a falta de respeito e consideração por parte da FIM e Dorna para com os participantes da categoria.
Na prática, todas as etapas do campeonato de 2023 passam a ser como rodadas duplas. As corridas sprint serão realizadas aos sábados de cada GP, com duração
de metade da prova do domingo, arredondando para baixo se este número da corrida dominical foi ímpar (uma corrida de 27 voltas no domingo terá uma sprint de 13 voltas, por exemplo). As provas sprint terão
pontuação para os 9 primeiros colocados, sendo que o vencedor receberá 12 pontos, o 2º colocado 9, o 3º, 7, e daí em diante, descrescendo 1 ponto até o 9º colocado, que receberá
1 ponto. E, diferente também do formato adotado pela F-1, a corrida sprint não definirá a ordem de largada da corrida principal, no domingo. O treino de classificação tradicional determinará
a ordem de partida tanto da prova sprint quanto da corrida de domingo.
Um detalhe importante, é que, para efeitos históricos da competição, as estatísticas das corridas sprint serão contadas separadamente, não
interferindo nas estatísticas oficiais das provas de domingo. Originalmente, este não era o plano pretendido por FIM e Dorna, mas diante da tremenda reação negativa dos participantes e do público,
eles mudaram de ideia, pois temia-se que isso acabasse por desvalorizar os feitos conquistados pelos pilotos do passado. A implantação das provas sprint também obrigou a reformulação da agenda
de atividades dos fins de semana de GPs. Com isso, a MotoGP deixou de ter dois treinos de 45 minutos na sexta-feira para ter uma sessão de 45 e outra de 60 minutos. Enquanto isso, a categoria de acesso Moto2 fica com
dois treinos de 40 minutos e a Moto3, por sua vez, passa a ter duas atividades de 35 minutos. No sábado, haverá um treino livre de 30 minutos, cujos resultados não contam para a divisão de pilotos
participantes no Q1 e Q2 da classificação, o que irá ser definido pelos dois treinos da sexta e, depois, a classificação tradicional, dividida em 15 minutos para o Q1 e outros 15 minutos
para o Q2.
Na sequência do sábado, as categorias Moto2 e Moto3 farão o terceiro treino, com duração de 30 minutos, que, combinado com as sessões de sexta-feira,
selecionam quem vai ao Q1 e quem passa direto para o Q2 do treino de classificação. Aí, depois desse treino, teremos a prova sprint, que fecha as atividades de sábado. No domingo, contudo, Moto2
e Moto3 perdem seus treinos de warm-up, que passarão a ser exclusivos da MotoGP, que passará a fazer uma parada para os fãs, e acabou “garfando” o tempo destinado às categorias de acesso,
que por sua vez, terão suas provas ligeiramente reduzidas em seu tempo de disputa, com a Moto2 tendo corridas de cerca de 36 minutos, enquanto na Moto3 as provas durarão cerca de 34 minutos.
Não é preciso dizer que as equipes não gostaram muito da implantação de tal nível das corridas sprint. Enquanto na F-1 optou-se por adotar
o procedimento apenas em alguns GPs, para testar dua viabilidade, a MotoGP enfiou isso em todas as corridas, sem estabelecer um teste para ver o quanto isso impactará efetivamente nos finais de semana de competição,
e se isso será benéfico para o público, em termos de espetáculo e disputa na pista. Além disso, há a preocupação em relação ao desgaste dos competidores
e também do corpo técnico das equipes, e também dos equipamentos, para não mencionar dos riscos inerentes de um acidente que ocorrer na prova sprint acabar inviabilizando a participação
do piloto e time na corrida de domingo. Outro ponto que ainda não foi pacificado é o custo adicional destas corridas, já que os contratos feitos por temporada pelas escuderias não previam estas
provas adicionais aos sábados, o que irá resultar em mais gastos, com retorno duvidoso em termos financeiros.
EQUIPES E PILOTOS
EQUIPE
|
MODELO
|
PILOTOS (Nº)
|
Aprilia Racing
|
RS-GP
|
Maverick Viñalez (12)
Aleix Spargaró (41)
|
Lenovo Ducati Team
|
GP23
|
Francesco Bagnaia (1)
Enea Bastianini (23)
|
GASGAS Factory Racing Tech3
|
RC16
|
Augusto Fernandez (37)
Pol Spargaró (44)
|
Gresini Racing MotoGP
|
GP22
|
Fabio Di Giannantonio (49)
Álex Márquez (73)
|
LCR Honda
|
RC213V
|
Takaaki Bakagami (30)
Álex Rins (42)
|
Monster Energy Yamaha MotoGP
|
YZR-M1
|
Fabio Quartararo (20)
Franco Morbidelli (21)
|
Mooney VR46 Racing Team
|
GP22
|
Luca Marini (10)
Marco Bezzecchi (72)
|
Prima Pramac Racing
|
GP23
|
Johann Zarco (5)
Jorge Martin (89)
|
Red Bull KTM Factory Racing
|
RC16
|
Brad Binder (33)
Jack Miller (43)
|
Repsol Honda Team
|
RC213V
|
Marc Márquez (93)
Joan Mir (36)
|
RNF MotoGP™ Team
|
RS-GP
|
Raul Fernandez (25)
Miguel Oliveira (88)
|
|
A KTM quer voltar a crescer na MotoGP, depois de ter sido inconstante nas últimas temporadas. Vai conseguir desta vez?
|
CALENDÁRIO
DATA
|
ETAPA
|
CIRCUITO
|
26.03
|
Grande Prêmio de Portugal
|
Portimão
|
01.04
|
Grande Prêmio da Argentina
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Termas de Rio Hondo
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15.04
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Grande Prêmio das Américas
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Circuito das Américas (Austin)
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29.04
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Grande Prêmio da Espanha
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Jerez de La Fronteira
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13.05
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Grande Prêmio da França
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Le Mans
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10.06
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Grande Prêmio da Itália
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Mugello
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17.06
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Grande Prêmio da Alemanha
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Sachsenring
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24.06
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Grande Prêmio da Holanda
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Assen
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08.07
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Grande Prêmio do Kazaquistão
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Sokol
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05.08
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Grande Prêmio da Inglaterra
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Silverstone
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19.08
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Grande Prêmio da Áustria
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Zeltweg
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02.09
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Grande Prêmio da Catalunha
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Barcelona
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09.09
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Grande Prêmio de San Marino
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Misano
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23.09
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Grande Prêmio da Índia
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Buddh
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30.09
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Grande Prêmio do Japão
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Motegi
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14.10
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Grande Prêmio da Indonésia
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Mandalika
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21.10
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Grande Prêmio da Austrália
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Phillip Island
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28.10
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Grande Prêmio da Tailândia
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Chang
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11.11
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Grande Prêmio da Malásia
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Sepang
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18.11
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Grande Prêmio do Qatar
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Losail
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25.11
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Grande Prêmio da Comunidade Valenciana
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Valência
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TRANSMISSÃO NO BRASIL
No Brasil, o mundial da MotoGP segue com transmissão pelos canais ESPN, que mostrarão todas as corridas e seus respectivos treinos ao vivo, e também as categorias
de acesso Moto2 e Moto3. Para quem prefere ver pela internet, o sistema Star+ de streaming também continuará disponibilizando as corridas ao vivo.
Portanto, é hora de acelerar forte nas duas rodas. Que venha a temporada 2023 da MotoGP!
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A bela pista do Algarve, em Portugal, sediou os últimos testes da pré-temporada, e abre o campeonato da classe rainha do motociclismo.
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Aleix Spargaró operou o braço para tratar de uma fibrose, e pode ser dúvida para a Aprilia neste início de temporada.
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Takaaki Nakagami segue na LCR pelo 6º ano consecutivo, tendo sido bem afetado pelos problemas de competitividade da moto Honda.
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Fabio Quartararo quer o bicampeonato, mas já viu que vai ser complicado encarar as Ducatis com a Yamaha este ano, mas promete lutar como for possível.
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Marc Márquez parece estar plenamente recuperado, enfim, mas agora é a Honda que tem problemas de rendimento com sua moto.
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