Fechando as colunas
regulares de automobilismo deste ano, a segunda parte do balanço do que
aconteceu no campeonato da Fórmula 1 de 2015 no que tange aos pilotos,
complementando o texto da semana passada, mais enfocado nas escuderias. Não há
como negar que Lewis Hamilton foi o piloto do ano, com nada menos do que 10
vitórias, que o catapultaram para a liderança entre os pilotos em atividade com
mais triunfos na categoria máxima do automobilismo, com 43 vitórias. Lewis só
não é o mais vitorioso de fato porque temos um tetracampeão mundial em
atividade, Sebastian Vettel, que apesar de ter 42 triunfos, uma a menos do que
o inglês, este apenas conquistou o seu tricampeonato, mas é bom que ninguém duvide
que, se a Mercedes mantiver o seu grau de domínio atual, Hamilton tem tudo para
aumentar o seu currículo de vitórias e títulos, podendo igualar o
tetracampeonato de Vettel e ficar ainda mais adiante no número de vitórias.
Hamilton foi um piloto extremamente regular este ano, tendo abandonado apenas
uma corrida, e cometeu poucos erros durante toda a temporada. Se é verdade que
Lewis pareceu um piloto mais centrado e menos errático, é preciso esperar para
conferir se ele manterá esse mesmo comportamento frio e decidido quando
enfrentar competição mais cerrada. Pelo que se viu nas corridas finais, mesmo
com o título já decidido a seu favor, o inglês voltou a dar mostras de se
incomodar com o fato de ter sido superado por seu companheiro de equipe. Veremos
se Hamilton finalmente evoluiu caso Rosberg lhe dê trabalho de forma decisivo
sistematicamente desde o início da competição em 2016 e ele consiga manter o
controle de si mesmo.
Nico Rosberg, claro,
terá novamente a tarefa de impedir esse pretenso domínio de Hamilton, e o
piloto alemão já deu mostras de que pode fazê-lo, mas vai precisar mostrar em
tempo integral a força exibida nas corridas finais deste campeonato, onde
voltou a mostrar capacidade de vencer seu companheiro de equipe, o que só
logrou fazer em poucas corridas neste ano, tendo ficado à sombra de Lewis na
maior parte da competição. Uma terceira derrota consecutiva para Hamilton em
2016 pode sacramentar sua trajetória no time alemão, e ficar marcado como
segundo piloto, além do estigma de não conseguir ser campeão com um carro
dominador como é o da Mercedes atualmente.
Kimi Raikkonem (ao centro) acabou completamente ofuscado por Sebastian Vettel na temporada 2015 dentro da escuderia Ferrari. |
Sebastian Vettel
começou sua vida na Ferrari com o pé direito acelerando fundo. É bem verdade
que o alemão teve sorte com a reestruturação que o time italiano passou, depois
de uma temporada horrível como foi a de 2014, de modo que muitos já esperavam
uma nítida melhora neste ano, mas Vettel conseguiu se enturmar rápido ao time,
e conquistar a todos. E uma boa maneira de demonstrar sua performance é a
comparação com Kimi Raikkonen, que se não teve um ano exatamente desastroso
como o do ano passado, por outro lado também não foi o do seu renascimento no
time italiano, tendo feito várias provas abaixo da capacidade que normalmente
possui, além de ter tido azar em algumas corridas, acumulando 5 corridas sem
pontuar, enquanto Vettel ficou fora dos pontos apenas em uma prova. Kimi ainda
teve sorte de a Ferrari lhe dar mais uma chance, renovando seu contrato para
2016, ano que deverá ser o seu último na categoria, pois a grosso modo, o finlandês
levou de Vettel uma surra nas mesmas proporções da que tomou de Fernando Alonso
em 2014, quando tinha pelo menos a desculpa plausível de não se dar bem com o
modelo do ano passado, mais desenvolvido para o gosto do piloto espanhol, o que
não foi o caso do monoposto deste ano, projetado por James Allison, o mesmo
engenheiro que concebeu os bons carros da Lotus por onde Kimi competiu, e bem,
nas temporadas de 2012 e 2013.
Na Williams, Felipe
Massa perdeu a disputa novamente para Valtteri Bottas, mas a diferença diminuiu
bastante este ano, a ponto do piloto brasileiro conseguir até se manter à
frente de seu companheiro de equipe finlandês em parte do campeonato. Tanto
Bottas quanto Massa conseguiram o mesmo número de pódios durante o ano, mas em
algumas corridas, Felipe Massa não fez valer o potencial do seu carro, perdendo
chance de pontuar com melhor performance frente a outros rivais, chance que não
foi desperdiçada por Bottas. Há que se considerar ainda que o finlandês ficou
de fora da etapa inicial, na Austrália, e mesmo assim terminou a competição à
frente de Massa, e mesmo que o brasileiro não tivesse sido desclassificado em
Interlagos por problemas na medição de temperatura de um de seus pneus, ainda
assim teria ficado atrás do seu companheiro de equipe. Se levarmos em conta que
Bottas é considerado um dos mais talentosos pilotos da nova geração da F-1, e
que Massa já não é considerado um piloto excepcional, o resultado obtido este
ano não chega a ser exatamente ruim, mas Felipe tinha meios de conseguir
resultados um pouco melhores em alguns momentos, e ter igualado a disputa até
com Bottas.
Na Red Bull, a disputa
entre Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo terminou equilibrada nos pontos, com
pequena vantagem para o russo, mas o piloto australiano foi vítima de maior
número de quebras mecânicas durante o ano, boa parte delas relacionada com a
problemática usina de potência da Renault, de modo que podemos afirmar que o
australiano continuou a andar forte como sempre, conseguindo bons resultados
tanto quanto seu carro lhe permitiu obter, conquistando dois pódios no ano,
contra apenas um de Daniil, que teve uma cota de abandonos e problemas a serem
considerados, onde parte deles se deu por culpa própria, como nos Estados
Unidos, onde bateu de forma infantil quando a pista já estava bem mais estável
e seca do que no início da competição. Kvyat só conseguiu melhorar seu cartel
de resultados passada meia temporada, e com maior número de abandonos
enfrentados por Ricciardo, conseguiu equilibrar a disputa na tabela de
classificação, e terminar à sua frente. Mesmo assim, não se pode desconsiderar
a evolução do piloto russo, que se no início da temporada deu dúvidas à
escuderia se sua promoção havia sido prematura, terminou o ano mostrando que
conseguiu mostrar-se merecedor de passar ao time principal.
Na Force India, sua
dupla de pilotos viveu altos e baixos durante a temporada, assim como o time, e
foi Sérgio Pérez a conseguir os melhores resultados da escuderia durante o ano,
tendo inclusive conquistado um pódio para o time, resultado que Nico Hulkenberg
infelizmente continua a não ter em seu currículo na categoria. O piloto alemão,
no início do ano, pareceu ter ficado na sobra do parceiro mexicano, acumulando
abandonos e mais abandonos. Sua vitória em Le Mans, competindo pela Porsche,
conferiu-lhe um momento de estrelato na categoria, e sua recuperada
autoconfiança lhe proporcionou os melhores resultados do ano a meio da
temporada, quando parecia suplantar Sérgio com facilidade. Mas, conforme a
temporada chegava ao seu final, os resultados foram escasseando, ao passo que
Pérez conseguiu retomar suas melhores performances, fechando o campeonato com
uma diferença relativamente folgada sobre Hulkenberg (20 pontos), no que pode
ser considerada o seu melhor campeonato na categoria até hoje, exibindo uma
maturidade que lhe faltou em sua conturbada passagem pela McLaren há dois anos.
Se a Force India lhe entregar um carro mais competitivo em 2016, veremos o que
ele conseguirá produzir.
Sérgio Pérez (à frente) disputou sua melhor temporada na F-1, deixando o companheiro Nico Hulkenberg atrás na tabela de pontuação do campeonato. |
Na Lotus, não há muito
o que dizer: Romain Grosjean deixou Pastor Maldonado a ver navios, conquistando
quase o dobro de pontos do piloto venezuelano, e embora Pastor tenha mostrado
sua habitual velocidade, infelizmente voltou a mostrar também sua propensão
para acidentes e encrencas, e se nem toda a culpa por estes entreveros possa
lhe ser atribuída, é bem verdade que em alguns momentos Maldonado esteve no
lugar errado no momento errado, e um pouco mais de cuidado teria sido bem
vindo. Com o time em crise financeira, o polpudo patrocínio da PDVSA tornou-se
a maior segurança do piloto venezuelano de manter seu posto na categoria, onde
deverá permanecer na renascente Renault em 2016, garantindo boa parte do
orçamento da escuderia. Quanto a Grosjean, o piloto franco-suíço conseguiu
suplantar parte das dificuldades e pontuar com boa regularidade tanto quanto
lhe foi permitido, sendo o pódio conquistado pelo 3° lugar em Spa-Francorchamps
o ponto alto de sua época em 2015, enquanto seu companheiro nunca foi além da
7ª colocação em 3 oportunidades. A Renault certamente sentirá saudades dele;
não sei se poderão dizer o mesmo do venezuelano quando este deixar o time...
Na Toro Rosso, a nova
dupla de pilotos mostrou a que veio, em especial com o jovem Max Verstappen,
que impressionou pela velocidade mostrada na pista, e seu ímpeto determinado e
arrojado, às vezes até demais, que o levou a um forte acidente em Mônaco, mas
que depois de um pouco mais de experiência, conseguiu dosar mais o pé direito
no acelerador, deixando de se envolver em confusões, sem perder a velocidade, e
mostrando muita personalidade para se tornar um dos grandes nomes da categoria
no futuro próximo, se não se perder pelo meio do caminho, como aconteceu com
seu pai, Jos Verstappen, há 20 anos atrás. O jovem holandês foi a sensação da temporada,
e não fosse a Toro Rosso vítima dos percalços de performance da unidade de
força da Renault, certamente teria terminado o ano até em melhor posição,
superando Romain Grosjean e Nico Hulkemberg na classificação do campeonato. Com
49 pontos anotados em sua primeira temporada, Max deixou seu companheiro Carlos
Sainz Jr. no escanteio do time, onde marcou apenas 18 pontos, menos da metade
do jovem Verstappen. O jovem espanhol, contudo, sofreu mais azares mecânicos do
que seu parceiro holandês, mas mesmo assim não teria muitas chances de terminar
à frente dele. O arrojo e determinação do jovem Max eclipsaram completamente o
filho do mito dos ralis Carlos Sainz, que se quiser se destacar em 2016, terá
de dar muito duro para bater a sensação holandesa, que já está sendo cobiçado
por outros times pelo que demonstrou nesta temporada. Na melhor das hipóteses
da Red Bull, Verstappen poderá ser promovido ao time principal em 2017, o que
significa que tanto Daniel Ricciardo quanto Daniil Kvyat poderão ficar com suas
posições em risco se não justificarem seu salário em 2016. Alguém vai dançar
nesta história, só não se sabe ainda quem será.
Max Verstappen surpreendeu pelo arrojo e determinação em sua temporada inicial na F-1. |
Na Sauber, o
brasileiro Felipe Nasr fez uma temporada honesta e sólida dentro de suas
possibilidades, alcançando bons resultados sempre que as circunstâncias
negativas se abatiam sobre os concorrentes. O brasileiro, contudo, teve vários
percalços durante todo o ano com problemas de freios que aparentemente se
manifestaram apenas em seu carro, e o deixaram em posição menos confiante para
conseguir resultados em algumas etapas, onde seu companheiro Marcus Ericsson
mostrou grande evolução e desempenho, colocando a posição de Nasr em xeque
durante meio do ano, ao conseguir pontuar com um pouco mais de regularidade do
que o brasileiro. Mas Felipe Nasr conseguiu terminar a temporada melhor cotado
que seu companheiro de equipe, marcou o triplo de pontos do sueco, cometeu
poucos erros durante o campeonato, detalhe sempre visto com atenção pelos
chefes de equipe e, se o carro da Sauber permitir, quem sabe brigue por
melhores posições em 2016, que lhe sirvam de boas referências para buscar
lugares mais competitivos em 2017. Mas Ericsson, visto apenas como um piloto
mais pagante do que talentoso, mostrou em algumas provas que possui também qualidades de piloto
eficiente e combativo, e poderá engrossar a disputa com seu parceiro
brasileiro, dependendo das possibilidades e circunstâncias no próximo ano.
Na McLaren, Jenson
Button conseguiu terminar o ano à frente de Fernando Alonso na classificação,
mas o desempenho dos carros de Woking foi tão falho e inconstante que não dá
para dizer abertamente que o espanhol foi menos eficiente que seu companheiro
de time inglês. Alonso, é verdade, teve alguns chiliques durante o ano, com
algumas críticas mais do que justificáveis ao desempenho deficiente do conjunto
McLaren/Honda, que surpreendeu negativamente até o pior dos pessimistas, mas levando-se
em consideração seu histórico de queixas, o espanhol até que ficou bem quieto
durante todo o ano. Tanto Button quanto Alonso viram seus esforços em algumas
provas ruírem completamente frente à falta de fiabilidade e performance do
carro que conduziram, e Button, mesmo esforçando-se ao máximo no aproveitamento
de circunstâncias adversas, não conseguiu capitalizar tudo o que se esperava. Alonso,
aliás, ainda perdeu a prova inicial do campeonato, recuperando-se de um
estranho e forte acidente na pré-temporada que até hoje está meio mal explicado,
e vinha para marcar pontos importantes nos Estados Unidos quando seu carro mais
uma vez o deixou na mão. A rigor pode-se dizer que ambos os pilotos da McLaren
tiveram um ano perdido em 2015, e a esperança é de que a temporada de 2016 possa
oferecer a ambos a oportunidade de
redenção e colocá-los de volta em evidência de forma positiva, e não de chacota
e pena a que foram forçados a se submeter neste ano. Uma dupla de campeões
mundiais merece melhor sorte.
Num ano de mais baixos de que há memória, Jenson Button conseguiu mais pontos do que Fernando Alonso, mas ambos tiveram um ano para esquecer completamente, esperando por melhores ares em 2016. |
Na Manor, o carro foi
pouco competitivo o ano inteiro, de modo que seus pilotos praticamente
terminavam sempre em último e penúltimo, raramente conseguindo passar para
posições melhores sem que os outros competidores apresentassem problemas de
monta. Will Stevens chegou na frente de seus companheiros de equipe na maioria
das vezes, tendo essa posição sido revezada com Roberto Mehri e Alexander
Rossi, sendo que este último conseguiu ficar mais à frente de Stevens do que
Mehri. Mas não dá para avaliar de forma precisa porque o carro da escuderia não
oferecia muito que os pilotos pudessem aproveitar, o que incluía
confiabilidade, tendo abandonado várias etapas por problemas mecânicos também.
Infelizmente, como o time continua precisando de dinheiro, agora mais do que
nunca, suas vagas deverão continuar sendo ocupadas por pilotos que tragam
dinheiro, quanto mais melhor, e se tiverem talento, isso é bem-vindo. Vejamos
quem se mantém ou chega por lá em 2016.
E assim, chegamos ao
final de 2015. O ano teve alguns momentos positivos na F-1, mas foram poucos,
frente ao domínio por vezes sonolento de Lewis Hamilton e da equipe Mercedes. Esperemos
que 2016 nos mostre um panorama mais animador, e mais competitivo e
emocionante. Nos vemos na próxima temporada. Até lá...
A Formula-E chegou a Punta Del
Este, no Uruguai, para sua terceira etapa do campeonato 2015/2016, com boas e
más notícias. A má notícia é que a equipe de Jarno Trulli, afogada em problemas
técnicos e financeiros, pediu arrego e está fora do campeonato da categoria,
após perder as etapas de Pequim e Putrajaya. Na primeira, a escuderia do
ex-piloto italiano de F-1 se enrolou com problemas de transporte e alfândega
chinesas, enquanto na Malásia o time não conseguiu passar pela vistoria técnica
regular. Com isso, o campeonato fica com apenas 9 times e 18 pilotos, uma baixa
indesejável na competição, ainda mais pelo fato de a F-E estar atraindo
interesses de outros grupos e cidades dispostas a sediar etapas da categoria. E
a boa notícia é justamente a entrada de mais um grupo na competição: A Jaguar,
que competiu na F-1 como equipe oficial de fábrica da Ford no início da década
passada, sem conseguir bons resultados, anunciou seu ingresso na categoria dos
carros de competição elétricos para a terceira temporada do certame, com
previsão de início para outubro do ano que vem. Mais do que recuperar o número
de 20 carros regulares no grid, será mais uma montadora a ingressar na
competição, que já tem nomes de peso como Renault, Citroen, e Audi. A nova
equipe estreará com status de construtora, e terá parceria técnica da Williams,
que produz as baterias elétricas dos carros da F-E. A Jaguar anunciou que tem
projetos de desenvolvimento de carros elétricos de linha, e seu ingresso na F-E
dará impulso ao desenvolvimento deste projeto, visto hoje como o futuro da
indústria automobilística, que busca caminhos mais ecológicos e sustentáveis
para o futuro.
Lucas Di Grassi defende a
liderança do campeonato da F-E em Punta del Este, após sua vitória na etapa de
Putrajaya, mas o brasileiro sabe que os carros da equipe e.dams ainda são os
favoritos para a classificação e corrida, em razão do excelente desempenho
exibido nas etapas iniciais. Lucas joga com a confiabilidade da equipe Audi
ABT, e uma boa estratégia de corrida para conseguir equilibrar a disputa, além
de tentar ficar longe de eventuais problemas e confusões que possam surgir
durante a etapa do Uruguai, assim como fez na Malásia. A prova em Punta Del
Este será às 16:30 Horas deste sábado, com transmissão ao vivo pelo canal pago
Fox Sports 2. O circuito da cidade uruguaia tem 2,785 Km de extensão, com
20 curvas, e a corrida será disputada em 33 voltas, 2 a mais em relação à etapa do
ano passado, que contou com 31 voltas. Além do gerenciamento de energia das
baterias, mais potentes em relação ao ano passado, com a distância aumentada em
2 voltas, os pilotos terão também que tomar cuidado com a areia da praia rente
à pista que pode deixar o piso escorregadio. No mais, apesar do traçado
relativamente curto, a pista é larga o suficiente para permitir boas chances de
ultrapassagem, o que deve fomentar boas disputas entre os competidores. Mas o
favoritismo da e.dams preocupa os concorrentes: foi na pista de Punta Del Este
que Sébastien Buemi venceu pela primeira vez na competição, e se o time do
suíço e de Nicolas Prost não enfrentar problemas alheios a seu controle, pode
dominar a corrida sem maiores dificuldades. Tudo vai se resumir a vermos se a
concorrência conseguirá melhorar o acerto e desenvolvimento de seus carros
perante a escuderia francesa. Saberemos a resposta amanhã.
Circuito de Punta Del Este, no Uruguai, que amanhã sediará a terceira etapa do campeonato 2015/2016 da F-E. |
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