quarta-feira, 6 de agosto de 2025

FLYING LAPS – JULHO DE 2025

            Já chegamos ao mês de agosto, e o tempo parece estar voando, tão ou até mais rápido do que os bólidos de competição que vemos nas mais diversas categoria de competição pelo mundo agora. E todo inicio de mês é hora de mais uma nova sessão da Flying Laps, com alguns comentários de alguns acontecimentos no mundo da velocidade ocorridos nesse último mês de julho, desta vez com parte dos acontecimentos da Indycar, e um pouco da MotoGP. Portanto, uma boa leitura para todos, e até a próxima edição da Flying Laps no próximo mês, trazendo notas sobre os acontecimentos deste mês de agosto. Até lá, pessoal...

A Penske não tem tendo uma temporada muito inspirada na Indycar 2025, mas bem que tentou desempatar a zica na primeira corrida da rodada dupla disputada no circuito oval de Iowa, neste mês de julho. E tudo ia indo até bem, com chances do time fazer até uma trinca na classificação, mas eis que entrou a McLaren de Patrício O’Ward no meio do caminho, e apesar das excelentes performances do trio de pilotos da equipe de Roger Penske, o piloto mexicano conseguiu cruzar a linha de chegada na primeira colocação, obtendo seu primeiro triunfo no ano. Para a Penske, perder a vitória foi duro, mas o resultado da corrida não pode ser desprezado. Josef Newgfarden foi o 2º colocado, um resultado muito comemorado em um ano onde tudo tem dado errado para o norte-americano. Will Power, que também vem tendo um campeonato atribulado, fechou o pódio em 3º lugar, e Scott McLaughlin, que fez uma recuperação impressionante vindo lá do fundão, foi o 4º colocado. Álex Palou manteve sua constância de bons resultados com uma 5ª posição que ficou de muito bom tamanho, mantendo ainda uma vantagem enorme na liderança do campeonato, até porque os rivais seguem muito longe do espanhol da Chip Ganassi.

 

 

Qualquer chance que os rivais almejavam de Álex Palou ter maiores problemas, e quem sabe reviver a disputa pelo título, foi para o brejo na segunda corrida em Iowa, pois o espanhol simplesmente venceu com autoridade, e a Chip Ganassi ainda fez a dobradinha com Scott Dixon. Já a Penske, depois que teve um lampejo de bom resultado na primeira prova, veio abaixo na segunda com abandonos de Will Power e Scott McLaughlin, enquanto Josef Newgarden foi apenas o 10º colocado, continuando com o calvário do time de Roger Penske em ficar longe das vitórias na temporada atual. Destaque para o pódio de Marcus Armstrong, com a Meyer Shank. David Malukas conseguiu um bom resultado com o 4º lugar para a Foyt, enquanto Patrício O’Ward, depois da vitória na primeira corrida na pista oval, bem que tentou repetir a dose na segunda prova, mas acabou tendo de se contentar apenas com o 5º posto. Os resultados do final de semana em Iowa mantiveram o piloto mexicano da McLaren na vice-liderança do campeonato da Indycar, mas com uma desvantagem de 129 pontos para Álex Palou, que segue cada vez mais firme e implacável rumo ao título da temporada, para desespero dos rivais.

 

 

Mas a disputa na Indycar seguiu firme na etapa seguinte, no Canadá, na tradicional prova disputada ao redor do Toronto Exhibition Place, que como toda prova em pista de rua, foi bem agitada, mas com o atenuante de deixar Álex Palou de fora das primeiras colocações, ajudando a dar algum alento na disputa pelo título da temporada do campeonato norte-americano de monopostos, ainda que de forma tênue. Isso porque Patrício O’Ward, da McLaren, fez valer uma boa estratégia, e conquistou sua segunda vitória no ano, ajudando a descontar um pouco da vantagem imensa na pontuação que o piloto espanhol da Ganassi havia acumulado. O pódio de Toronto, aliás, foi um pouco diferente: Rinus Veekay, que há tempos não tinha um bom resultado, enfim teve um momento para esquecer os azares recentes do ano e subiu ao pódio em 2º lugar. E Kyffin Simpson, da Ganassi, foi outra surpresa, fechando o pódio com uma impressionante 3ª posição. Colton Herta, que havia largado na pole-position, acabou superado pelos três, e fechou a corrida apenas em 4º lugar. A Andretti, aliás, teve um bom resultado conjunto, já que Marcus Ericsson foi o 5º colocado, seguido de Kyle Kirkwood, que recebeu a bandeirada em 6º lugar. Graham Rahal, da Rahal/Letterman/Lanigan, foi o sétimo, um resultado bem satisfatório em uma temporada com mais baixos que altos. Ele foi seguido pelo britânico Callum Ilott, da Prema. David Malukas, da Foyt, foi o nono, enquanto o hexacampeão Scott Dixon recebeu a bandeira quadriculada na décima colocação. E Álex Palou? Conforme mencionei, o líder do campeonato, Álex Palou teve um domingo modesto e foi apenas 12º. O piloto da Ganassi acabou prejudicado por uma bandeira amarela em hora errada que acabou jogando o espanhol para o pelotão de trás, e ele precisou se contentar em ver a linha de chegada fora do top-10. Não dá para ganhar todas, afinal...

 

 

E quem seguiu sem calvário de não ganhar nada foi novamente a Penske: Scott McLaughlin abandonou devido a uma roda mal presa que se soltou após o pit stop, enquanto Josef Newgarden acabou atingido por outro competidor em uma das relargadas. Sobrou apenas Will Power, que com um desempenho modesto, não foi além da 11ª colocação na corrida canadense. E o time mais poderoso da Indycar segue sem triunfos no ano, na pior temporada de que há memória para a equipe Penske na competição...

 

 

Mas quem ainda tinha esperanças de que Palou pudesse continuar bobeando, e quem sabe, oferecer alguma chance aos adversários na luta pelo título da Indycar teve um verdadeiro banho de água fria na etapa de Laguna Seca, onde o espanhol fez a pole-position, e praticamente dominou a corrida de ponta a ponta, perdendo a liderança da prova apenas nas paradas programadas de box, para vencer pela oitava vez na temporada, e sacramentando a sua vantagem na ckassificação, a ponto de conseguir fechar a conquista do título já na próxima corrida do calendário, na pista mista de Portland, na capital do Oregon. E Patrício O’Ward, da McLaren, para variar, não conseguiu, mais uma vez, tentar reverter as expectativas e diminuir sua desvantagem, tendo finalizado a corrida na pista de Laguna Seca apenas em 4º lugar, enquanto Christian Lundgaard, seu companheiro na McLaren, foi o 2º colocado, e Colton Herta, para variar, fez uma boa prova, e fechou o pódio em 3º lugar. Scott Dixon foi apenas o 5º, seguido de Callum Illot, em mais uma boa prova do piloto da Prema, e terminando à frente de Will Power, novamente o melhor piloto da Penske, em 7º lugar, enquanto seus colegas de time Scott McLaughlin foi apenas o 10º, e Josef Newgarden o 11º.

 

 

Com o triunfo em Laguna Seca, Álex Palou abriu nada menos que 121 pontos na liderança sobre o mais próximo concorrente na classificação da Indycar 2025, que continua sendo o mexicano Ptrício O’Ward. Mas o piloto da McLaren já admite que o título está perdido, e que alcançar o espanhol da Ganassi está praticamente fora de cogitação. Palou soma 590 pontos, contra 469 do piloto da McLaren. Scott Dixon, da Ganassi, é o 3º colocado na classificação, com 392 pontos, enquanto Kyle Kirkwood, da Andretti, segue em 4º lugar, com 377 pontos. O TOP-5 é completado por Christian Lundgaard, da McLaren, com 357 pontos. Felix Rosenqvist, da Meyer Shank, vem a seguir, com 315 pontos; com Colton Herta logo atrás, com 313. Marcus Armstrong, da Meyer Shank é o 8º colocado, com 307 pontos. Will Power, o melhor piloto da Penske no campeonato, é apenas o 9º colocado, com 289 pontos. Scott McLaughlin é o 11º, e Josef Newgarden o 15º.

 

 

A MotoGP garantiu o retorno à Argentina na temporada de 2027. O país sul-americano vinha tendo sua corrida disputada na pista de Termas de Rio Hondo, mas o circuito não conseguiu renovar seu contrato para realização da corrida, e despediu-se do campeonato com a prova deste ano, de modo que a Argentina ficou de fora do calendário de 2026. Mas o novo palco da prova portenha é o circuito da capital do país, Buenos Aires, que voltará a receber a classe rainha do motociclismo, já tendo sediado a corrida do Mundial de Motovelocidade em nove oportunidades: 1961, 1962, 1963, 1982, 1987, 1994, 1995, 1998 e 1999. O novo acordo, firmado com o governo da capital argentina, tem validade de quatro anos e as corridas serão realizadas em março. Jorge Macri, chefe do governo, porém, aponta que o objetivo não é apenas recuperar as corridas da MotoGP, mas ir mais além, e retomar inclusive a Fórmula 1, que também já se apresentou na pista de Buenos Aires, sendo que as últimas corridas se deram ainda nos anos 1990. Para tanto, o autódromo irá passar por uma reforma completa, e as obras devem começar em outubro, visando não apenas já adequar o circuito às necessidades atuais da MotoGP, como dar à pista todas as condições necessárias para também voltar a receber a categoria máxima do automobilismo mundial. Os trabalhos de reforma do autódro Irmãos Galvez ficarão a cargo de Hermann Tilke, conhecido por ter projetado diversas pistas que já receberam a F-1. O objetivo é transformar Buenos Aires numa nova capital do esporte mundial, e trazer a MotoGP é apenas um dos objetivos pretendidos, além da própria F-1.

 

 

E Jorge Martin efetivamente “estreou” na MotoGP 2025, retornando à competição, agora recuperado, na prova da República Tcheca, na pista de Brno. O piloto espanhol, atual campeão mundial, já tinha feito uma participação na temporada, mas mal recuperado, ainda deu azar de sofrer novo acidente, e se machucado de novo, desta vez de forma mais séria, o que exigiu um novo e longo período de recuperação, onde acabou atraindo atenção pela tentativa malograda de encerrar seu contrato com a Aprilia e tentar achar outro time para 2026. Mas a equipe italiana bateu o pé, e exigiu que Martin cumprisse com seu contrato firmado com a escuderia de Noale. O fato é que os ânimos baixaram, e Jorge parece ter compreendido a situação. E a moto tem evoluído, a ponto de Marco Bezzecchi já ter até vencido uma corrida na temporada. O espanhol fez uma corrida Sprint razoável, terminando em 11º lugar, mas na prova de domingo, já mais ambientado ao equipamento, conseguiu um resultado bem mais encorajador, terminando a corrida principal em 7º lugar. E ainda viu Marco Bezzecchi brigar pela vitória, mas perdendo a disputa com Marc Márquez, da Ducati, e terminando em 2º lugar, mas dando muitos motivos de entusiasmo para a Aprilia, que viu um retorno bem consistente de Martin, e acredita que o atual campeão mundial terá condições de brigar por pódios muito em breve. O pódio em Brno foi completado por Pedro Acosta, da KTM, enquanto “Pecco” Bagnaia foi apenas o 4º colocado, e ficou ainda mais longe do parceiro Marc Márquez na classificação do campeonato da MotoGP, com o hexacampeão indo para as férias de verão da classe rainha do motociclismo com nada menos do que 120 pontos de vantagem, justamente sobre seu irmão caçula, Álex Márquez, da Gresini. Bagnaia é o 3º colocado, 48 pontos atrás de Álex na classificação.

 

 

Nenhum comentário: