sexta-feira, 7 de novembro de 2025

PARADA NO BRASIL

    

A pista de Interlagos está pronta para mais um fim de semana de Grande Prêmio de F-1, e promete sempre grandes emoções.

           
A Fórmula 1 chegou a Interlagos, e durante a semana, o movimento no autódromo da capital paulista é frenético, e hoje começam as atividades de pista, e na correria que ficou caracterizado nos últimos anos pela adoção do formato Sprint por aqui, sendo a única prova do calendário que ficou fixa neste formato desde então, já que por aqui as corridas curtas, ao contrário do quetem acontecido em outros lugares, tem sim, apresentado boas disputas e empolgado o público, o que não é o visto em outros lugares. Portanto, hoje temos o primeiro e único treino livre, com a classificação para a prova Sprint mais à tarde, e neste sábado a corrida curta, e depois a classificação para a prova do domingo, e podemos esperar muitas emoções.

            Interlagos é um circuito “old school”, e oferece muitas possibilidades de disputas no seu traçado, ainda que seja muito curto, em comparação com a icônica pista dos anos 1970 e 1980, que na minha opinião teria tudo para ser integralmente restaurada e oferecer ainda mais versatilidade ao autódromo e desafio aos pilotos. Na F-1, mesmo com os carros ficando complicados novamente de se ultrapassar, os dois trechos de reta oferecem oportunidades de disputa fortes, e com o uso do DRS, as trocas de posições são constantes, oferecendo um espetáculo para o público presente nas arquibancadas. E o momento da temporada é de decisão, em que pese não haver chance alguma de o título de pilotos ser decidido por aqui, o que não significa que a prova não terá peso decisivo nas campanhas dos pilotos que brigam pelo título da competição.

            Lando Norris chegou a Interlagos como líder do campeonato, tendo superado Oscar Piastri por 1 ponto com sua vitória na Cidade do México, e a disputa, em que pese os maus resultados recentes do australiano, segue plenamente aberta, ainda mais que, contando com a prova brasileira, teremos 4 corridas, e além daqui, a etapa do Qatar, em Losail também terá corrida Sprint, então, a quantidade de pontos em jogo ainda é muito alta, e tudo pode acontecer. E, justamente por ainda haver muitos pontos em jogo, é que o perigo vem de trás: Max Verstappen vem fazendo uma arrancada impressionante desde o GP da Holanda, e vem chegando perto da dupla da McLaren, que mesmo ainda tendo uma vantagem razoável, não pode se dar o luxo de abrir brechas que o tetracampeão holandês possa aproveitar. Mas o problema é que eles deixaram, sim, muitas oportunidades escaparem, e Max, sempre ao seu estilo, veio implacável para se colocar na disputa, mesmo como potencial azarão. E vamos lembrar que, no ano passado, foi praticamente aqui que o piloto da Red Bull, que vinha sendo acossado à distância por Norris na luta pelo título, simplesmente desmoralizou a dupla da McLaren, que naquela altura, já tinha o melhor carro da competição, e vinha numa perseguição ao holandês onde, mesmo sendo difícil, levantava a expectativa do público.

Lando Norris começou o fim de semana com o pé direito... No acelerador! O inglês liderou o único treinoi livre, e vai largar na pole da corrida sprint neste sábado.

           
E o que vimos foi a McLaren dar uma demonstração de força na corrida curta, com uma dobradinha do time papaia, com Norris a tirar mais um pouco a grande vantagem que Verstappen ainda estava conseguindo manter à época, e com isso, conseguindo manter a situação sob controle, apesar de já não contar mais com o melhor carro. O holandês foi o 4º na prova Sprint, e isso ajudava a controlar o prejuízo. Mas no domingo, largando lá de trás com uma punição de troca de motor, enquanto a dupla da McLaren partia à frente, o cenário parecia desolador. Mas a chuva no domingo inverteu as possibilidades, e vimos ali um show antológico do piloto da Red Bull, que no molhado, humilhou toda a concorrência, em especial a dupla titular do time de Woking, batida incontestavelmente na pista, ficando apenas em 6º (Norris) e 8º (Piastri), enquanto Max garantia um triunfo acachampante, e eliminava qualquer hipótese de ainda perder o título de pilotos, que seria confirmado pouco tempo depois. Este ano, a situação é inversa: a dupla de Woking é favorita, mas este favoritismo já vem sendo posto em xeque por Verstappen nas últimas corridas, representando uma séria ameaça que não pode de modo algum ser desprezada. E a pista de Interlagos é um palco potencial de perigo para Norris e Piastri, frente à desenvoltura de Max na pista brasileira. E se voltar a chover de novo? Aí o desastre pode vir a ser certo, se Norris e Piastri não se ajeitarem como se deve.

            Um novo desastre para a dupla papaia pode fazer Verstappen chegar de vez e colocar pressão realmente efetiva, o que irá exigir concentração e determinação de Norris e Verstappen para retomarem as rédeas da situação. O problema é que até agora, no mano a mano, quem você acha que pode ser mais determinado e forte na pista? Por mais que ainda tenham o melhor carro do grid, lamento dizer que nem Lando nem Oscar são os favoritos neste quesito. Ou eles crescem os brios, ou Verstappen vai inevitavelmente sapatear em cima deles, podendo promover a maior reviravolta na pista das últimas décadas da F-1. E para isso, o desempenho de cada um aqui no Brasil é mais do que fundamental, para tentar controlar os danos que possam surgir em Losail, Las Vegas, e Yas Marina.

            No único treino livre, a McLaren fez dobradinha, enquanto Verstappen e a Red Bull pareceram ter mais problemas do que o esperado, mas na hora do grid da prova Sprint, que é quando as coisas ficam mais realistas, Lando Norris mostrou força para arrancar a pole, e Piastri sai em 3º lugar, surpreendido que foi por Andrea Kimi Antonelli, da Mercedes, que surpreendeu com o 2º tempo, e vai largar na primeira fila. Verstappen, reclamando muito do carro, sai em 6º, e a Red Bull aparentemente joga a toalha quanto a tentar brigar pela vitória no final de semana. Só que não é bom ficar relaxando assim, pois no México eles também diziam que não brigariam pela vitória, mas Verstappen foi ao pódio, e ficou na frente de Piastri, devido aos erros do australiano na classificação para o grid da prova mexicana. Se o clima não aprontar nada com uma proverbial intervenção de São Pedro, pode até ser que a McLaren deite e role em Interlagos, mas enquanto a bandeirada de chegada não for dada, nada pode ser dado como garantido, e portanto, tudo ainda fica na expectativa. Pode até não rolar nada na prova Sprint amanhã, mas e domingo? Pelo sim, pelo não, que ninguém se espante se flagrar alguém no box da Red Bull fazendo a dança da chuva para alterar as probabilidades do fim de semana...


Oscar Piastri já começou atrás de Norris no fim de semana. O australiano vai conseguir reagir e retomar a liderança do campeonato?

            
A Mercedes pode até tentar entrar na briga pela vitória. Antonelli andou até mais forte que George Russell na classificação da Sprint, mas vamos ver como os carros prateados se comportarão na corrida, e se realmente brigarão pelo degrau mais alto do pódio. A Aston Martin até surpreendeu, mas classificação não tem sido uma condição muito real para o time de Silverstone, que vive seus últimos dias de competição esperando o novo bólido do projetista Adrian Newey que estréia em 2026. E a Ferrari, depois de mostrar um bom desempenho na Cidade do México, voltou a decepcionar, e a ter de brigar por posições secundárias no TOP-10, em mais um fim de semana que, ao que parece, não vai comover os tiffosi, comprovando mais uma vez que foi uma temporada completamente perdida para o time de Maranello. Para os brasileiros, a boa forma exibida pela Sauber no treino livre até que foi esperançosa, mas Gabriel caiu no Q2, e pelo menos na Sprint, vai tentar dar o seu melhor para chegar no TOP-10, e ver o que de fato poderá oferecer na classificação para a corrida de domingo. Mas só o fato de os brasileiros terem de novo um piloto no grid já é motivo de comemoração, e quem sabe, ver Bortoleto conseguir pontuar, já seria praticamente uma vitória. Gabriel sabe disso, mas mantém a cautela, mesmo com boas expectativas de rendimento do carro da Sauber, exibidas por Nico Hulkenberg. Vejamos se nosso novo representante brasileiro na categoria máxima do automobilismo poderá ter uma estréia positiva no seu GP caseiro...

            Então, vamos para as provas do fim de semana, e podemos esperar por muita agitação na pista, porque se tem uma regra de um ditado popular que vale para o circuito paulistano, é de que pista antiga é que faz corrida boa, e no caso de Interlagos, isso é bem verdadeiro...

Max Verstappen (acima) diz que não espera um bom resultado no Brasil, se alguém acreditar, claro. E os torcedores brasileiros terão novamente um conterrâneo no grid: Gabriel Bortoleto, com a Sauber.


 

 

E alguns milagres ainda acontecem na F-1. Franco Colapinto foi anunciado com contrato renovado para seguir na Alpine em 2026. O piloto argentino foi jogado no lugar de Jack Doohan após um processo de fritura óbvia do australiano nas primeiras corridas do ano, sendo despachado por Flavio Briatore bem ao seu estilo destruidor de pilotos que o caracterizaram em seus antigos dias na categoria máxima do automobilismo. Só que o argentino segue até agora zerado no campeonato, e só conseguiu se salvar porque começou a andar mais próximo de Pierre Gasly, que já renovou com o time de Enstone até 2028, e graças ao polpudo patrocínio do Mercado Livre, que passou inclusive a estampar seu logo na asa traseira dos carros franceses nas últimas corridas. É verdade que o carro ruim da Alpine também não ajudou, mas certamente o apoio financeiro foi mais forte do que a falta de resultados, pois Jack Doohan quase teria recuperado sua vaga no time, não fosse o patrocínio levado pelo piloto argentino. E Paul Aron, que foi sondado para a vaga, também não teria conseguido atrair um suporte financeiro, o que acabou dando a Colapinto o trunfo para seguir no time, apesar da irascibilidade de Briatore. Bom, sorte de Franco, que seguirá no grid, embora sempre se possa perguntar sabe-se lá por quanto tempo, porque com Briatore no comando, nenhum contrato tem garantia alguma, e até mesmo Gasly pode entrar na corda bamba se não mostrar resultados. Para 2026 a Alpine vira equipe cliente da Mercedes, e terá um propulsor de respeito, embora o problema atual do time seja ter o pior carro do grid, situação que precisará ser resolvida no próximo campeonato, quando estréia no novo regulamento técnico, e que certamente será o principal aspecto que a escuderia precisará resolver...

 

 

A MotoGP chega a Portugal para a penúltima etapa da temporada, no belo circuito de Portimão, no Algarve. Se o título e o vice-título da classe rainha estão decididos, a 3ª posição no campeonato, contudo, ainda está em jogo, e a disputa é de tudo ou nada para seus contendores, que se resumem basicamente a Marco Bezzecchi e Francesco Bagnaia. Bezzecchi chegou a uma Aprilia onde se imaginava que seria mero coadjuvante, tendo a seu lado o então campeão reinante Jorge Martin, que chegava ao time italiano com a missão de provar à Ducati que eles haviam errado em preteri-lo em lugar de contratar Marc Márquez. Só que uma série de azares do espanhol o fez ficar praticamente de fora de quase toda a temporada, de modo que Marco ganhou espaço para brilhar, e fez bonito, ganhando até corrida, e crescendo no time, ganhando respeito de todos, enquanto Martin vivia seu inferno astral e chegou até a criar um bate-boca sobre se cumpriria o seu contrato de dois anos com a Aprilia, o que certamente não ajudou a criar um bom clima do campeão com seu novo time. Indiferente a isso, Bezzecchi aproveitou, e bem, a chance para crescer, e graças ao comportamento errático de “Pecco” Bagnaia na temporada, ficando fora da briga pelo título, eis que agora o bicampeão foi passado para trás na classificação do campeonato por Marco, que certamente vai querer manter essa posição até o fim, e se consolidar como “melhor do resto”, em um ano onde Marc Márquez ofuscou a todos, e deixou todo mundo na sobra, até mesmo seu irmão caçula Álex, que só não foi massacrado como os demais porque fez sua melhor temporada na competição, conquistando merecidamente o vice-campeonato. Mas a diferença entre Bezzecchi e Bagnaia é de míseros 5 pontos, e com 74 ainda em jogo, muita coisa pode acontecer. Consolidar-se como 3º colocado faria Bezzecchi ser o líder da Aprilia em 2026, quando Jorge Martin deverá estar de volta e, quem sabe, recuperado, e disposto a mostrar porque foi campeão e vic-campeão mundial, o que pode significar querer colocar Bezzecchi de novo para escanteio, o que será bem mais difícil do que ele poderia imaginar. Lógico que, pelas comdições da Aprilia no ano, tanto faz ser 3º ou 4º, mas porque se contentar com o menos quando se pode ter o mais? Já “Pecco”, que viveu um inferno na temporada 2025, vendo o colega de time arrasar a concorrência enquanto ele se debatia com problemas na moto, e consigo mesmo, já sofreu outra derrota contundente ao perder o vice-campeonato para Álex Márquez, e agora, ser superado por Bezzecchi só complica ainda mais a situação. Já era ponto de honra ser vice-campeão, e ele perdeu a batalha. Agora, perder mais uma, e ficar apenas em 4º lugar vai ser ainda mais desmoralizante. Diante do retrospecto no ano, Bezzecchi é o favorito na briga, mas Bagnaia pode conseguir reagir, como mostrou em Motegi, revivendo seus bons momentos na competição. Com Marc Márquez afastado pelo acidente causado por Bezzecchi na Indonésia, Bagnaia tem a atenção total da Ducati para pelo menos evitar esta nova derrota. Resta saber se ele irá conseguir pelo menos isso como conquista moral, que já não é tão moral como deveria ser, mas... A corrida Sprint tem largada às 12:00 Hrs. neste sábado, e no domingo, a corrida começa às 10:00 Hrs., pelo horário de Brasília, e com transmissão ao vivo pelo canal pago ESPN.

 

 

E quem chega a Portimão com chance de conquistar o título é o brasileiro Diogo Moreira, que assumiu a liderança do campeonato da Moto 2 na última etapa. Diogo abriu 9 pontos de vantagem sobre Manuel Gonzalez, e precisa abrir mais 17 para não levar a decisão para Valência. A tarefa não é muito fácil, pois ainda temos 50 pontos em jogo, mas qualquer aumento da vantagem será positivo para Moreira, que já sobe para a MotoGP em 2026 defendendo a equipe satélite da Honda, a LCR, mas claro que levar o título da categoria de acesso dá mais moral para o piloto, ainda que, tal qual a F-1, ele terá de construir o seu próprio brilho na classe rainha do motociclismo se quiser trilhar carreira por lá. O que pode complicar as coisas é que Manuel Gonzalez tem um bom retrospecto na pista de Portimão, e isso indica que ele tem tudo para repetir o bom desempenho e dificultar a tarefa de Diogo de aumentar a vantagem para chegar a Valência com mais folga para poder decidir o título. E claro que Diogo também tem que tomar cuidado. Desde o retorno das férias de verão Moreira reverteu sua posição no campeonato, tendo atuações melhores que o rival, mas nem por isso significa que a situação será mais fácil. Se as coisas se complicaram para Gonzalez nas últimas corridas, quem garante que a sorte de Diogo não toma um revés? Ele tem que estar preparado para o tudo ou nada, e em se tratando de provas de motovelocidade, muita coisa pode acontecer..

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

FLYING LAPS – OUTUBRO DE 2025

Já chegamos a novembro, e o ano de 2025 já se encaminha para sua reta final, com alguns campeonatos indo para suas derradeiras etapas, e definindo seus campeões, se ainda não o fizeram. Mas claro, antes de avançarmos firme pelo novo mês que se inicia, precisamos dar uma pequena revisada no mês que se passou, e por isso mesmo, chegou a hora de mais uma sessão da Flying Laps, relacionando alguns dos eventos do mundo do esporte a motor neste mês de outubro que se encerrou, nos mais variados campeonatos, sempre com alguns comentários rápidos. Então, uma boa leitura a todos, e até a próxima sessão Flying Laps no próximo mês...

 

A temporada de Marc Márquez na MotoGP acabou. O ferimento sofrido no acidente em Mandalika acabou se mostrando mais sério do que os médicos imaginavam, e o que inicialmente se previa efetuar um tratamento sem intervenção cirúrgica, revelou-se insuficiente, pelo que o novo heptacampeão precisou passar por nova cirurgia para resolver o problema, e diante disso, necessitar de pelo menos um mês de repouso, o que não só tirou o piloto das etapas restantes do campeonato, como também do teste pós-temporada que será feito na pista de Valência. E, ciente dos problemas que vivenciou nos últimos anos, Márquez está mais do que calejado em seguir os procedimentos de recuperação de forma correta, guardando suas forças para a temporada de 2026, onde irá defender seu atual título mundial, conquistado este ano pilotando para o time de fábrica da Ducati, encerrado matematicamente logo na prova anterior à da Indonésia. Dos males, o menor…

 

 

Francesco Bagnaia continua em sua montanha-russa na temporada: depois de se reencontrar com a vitória no Japão, o bicampeão viveu dias tenebrosos nas duas provas seguintes, e quando parecia se reencontrar com o triunfo após vencer a prova sprint da Malásia, eis que um pneu furado o tirou do pódio na corrida principal, e ainda por cima viu Álex Márquez fechar a conquista do vice-campeonato, objetivo que, apesar de difícil, ainda era uma meta razoável de ser alcançada. Agora o mote é Bagnaia ter de brigar até para terminar em 3º no campeonato, já que o italiano foi superado pelo conterrâneo Marco Bezzecchi na classificação, caindo para a 4ª posição. Não cair ainda mais é ponto de honra para “Pecco”, que certamente não terá saudades da temporada de 2025, e espera pelo menos voltar à carga no próximo ano…

 

 

E quem também não deve retornar este ano é Jorge Martin, com a Aprilia confirmando sua ausência da prova em Portugal, e muito provavelmente também deixando-o de fora da corrida final em Valência, o que seria prático para o espanhol procurar se recuperar direito, e centrar forças para retornar de forma completamente recuperada em 2026, depois da largada estabanada em Motegi onde Martin tirou tanto ele quanto Bezzecchi da corrida logo na largada da prova sprint. Outro campeão que teve um ano para esquecer, marcado pelos azares dos acidentes, e que ainda se envolveu em uma discussão a meio do ano tentando rescindir seu contrato com a Aprilia, no que não foi aceito pela escuderia italiana. O mais correto é Martin procurar se recuperar direito e fazer uma boa temporada em 2026, a fim de se cacifar para obter outro time em 2027, se a marca italiana ainda se mostrar incapaz de atender às suas necessidades… Bom, foi ele quem ficou inflamado em 2024 quando se viu preterido na Ducati de fábrica por eles terem resolvido promover Marc Márquez, e resolvido ir para a Aprilia meio de supetão… Que cumpra o contrato e se lance de novo no mercado, para dar seguimento à carreira. Ou trate de ajudar a Aprilia a melhorar para que o time italiano volte a surpreender na competição como aconteceu até algum tempo atrás…

 

 

O brasileiro Caio Collet fez dois testes importantes com a equipe Foyt neste mês de outubro. No primeiro deles, Caio pilotou na pista tradicional de Mid-Ohio, no dia 1º de outubro. Duas semanas depois, Collet voltou a testar com o time, agora no traçado misto do Indianapolis Motor Speedway. O brasileiro causou boa impressão nas duas sessões, e a sua contratação parece ser mera formalidade para o time, que acabou de acabou de perder David Malukas para a equipe Penske, depois do piloto fazer uma excelente temporada pela escuderia este ano. No teste na pista de Lexington, Collet ficou atrás somente de seu compatriota Felipe Nasr, que testou no mesmo dia pela equipe Penske, e segundo Larry Foyt, chefe da escuderia, o brasileiro se mostrou rápido o tempo todo, tendo percorrido cerca de 95 voltas no circuito, executando programas diversos estabelecidos pelo time para avaliar as reações e adaptabilidade do piloto ao carro. Caio também impressionou o time por mostrar um estilo limpo de pilotagem, não exagerando na tocada das curvas, sem adotar um estilo agressivo, e mesmo assim mostrando muita velocidade, detalhes importantes a serem considerados na condução do bólido da categoria. A Foyt conta atualmente com parceria técnica da Penske, que fez com que o time deixasse as últimas posições no grid e se consolidasse como um time de bom potencial no pelotão intermediário, e com chances de, vez ou outra, até brigar pelas primeiras posições, o que dá uma boa expectativa para o brasileiro em termos de chances de fazer uma boa temporada de estréia na Indycar em 2026, caso venha a ser confirmado na escuderia. Um cenário positivo e promissor, bem diferente do enfrentado por Matheus Leist, que anos atrás, também fez sua estréia na competição pelo time de A.J. Foyt, mas que na época passava por maus momentos, e acabou queimando a imagem de Matheus na competição, que não conseguiu mais voltar a competir por lá depois que deixou o time, que na mesma época, também ajudou no ocaso do fim da carreira de Tony Kanaan como piloto titular regular no grid. Com um carro potencialmente mais competitivo, caberá a Caio saber aproveitar a chance, se ela se materializar efetivamente. E não dar azar com percalços alheios a seu controle…

 

 

Jenson Button, campeão mundial da F-1 em 2009, anunciou que vai pendurar o capacete. O piloto britânico, que nos últimos tempos tem disputado o Mundial de Endurance, declarou que após o encerramento do atual campeonato, onde defende a equipe Jota na classe Hypercar com um modelo da Cadillac, irá de fato deixar as competições, não cogitando nem eventuais participações esporádicas, como por exemplo, nas 24 Horas de Le Mans. Button, que também atua como comentarista das transmissões da F-1 no Reino Unido, disse que, aos 45 anos, é hora de curtir mais a família e os filhos, e por isso mesmo, deixar as pistas com a sensação de dever cumprido como piloto. Jenson já tinha anunciado que não renovaria seu contrato com a equipe Jota meses atrás, mas agora confirmou que irá mesmo parar de correr profissionalmente, a fim de ter mais tempo livre para outras atividades profissionais que, segundo ele, passaram a ocupar cada vez mais espaço em sua vida recentemente.

 

 

Campeão da temporada 2019/20 da Formula-E, o português António Félix da Costa já está de casa nova na categoria para começar a próxima temporada da competição de carros monopostos totalmente elétricos. Depois de três anos competindo pelo time oficial da Porsche, Antonio agora estará na Jaguar, ocupando a vaga que era de Nyck Cassidy, que resolveu deixar o time, indo para a nova equipe da Citroen, que assume o lugar da antiga Maserati. E é claro que o português já se vê entre os protagonistas do grid para brigar novamente para voltar a ser campeão mundial da categoria. O ambiente no time alemão nunca foi muito favorável a Da Costa, e no último ano, o relacionamento dele com Pascal Wehrlein também se deteriorou. Outro empecilho era que a Porsche vetava sua participação no Mundial de Endurance, exigindo dedicação exclusiva à F-E, uma exigência que ele não terá na Jaguar, e já tendo firmado compromisso com a Alpine para defender a escuderia francesa no WEC em 2026, paralelamente à disputa na Formula-E. A Jaguar, depois de uma temporada de altos e baixos, ficou de fora da disputa do título na última temporada, mas recuperou a forma nas últimas corridas, e vem determinada a lutar novamente pelo título, como havia feito na temporada retrasada, e continua a manter uma dupla muito forte. Resta esperar que o time consiga alinhar todos os detalhes como fez anteriormente para brilhar com força e mostrar sua classe no próximo campeonato, que começa em dezembro, em São Paulo.

 

 

Desfalque no Mundial de Endurance para 2026. A Porsche anunciou que estará deixando mais uma vez o WEC, agora ao final da temporada deste ano, encerrando a parceria que a montadora alemã tem com a Penske no certame. A empresa alemã justificou sua decisão como parte de um processo de “realinhamento” do programa de esportes, onde ela ainda manterá presença oficial na Formula-E, mas deixará a classe Hypercar no mundial de provas de longa duração. Não é segredo para ninguém que nos últimos tempos a Porsche tem mostrado-se muito incomodada com questões esportivas do WEC em particular com as especificações adotadas no recurso do BoP, o Equilíbrio de Performance, na sigla em inglês. A Porsche também tem se mostrado crítica com a postura cada vez mais autoritária da FIA, que passou a tratar críticas ao modo como gerencia as regras do certame com multas e punições pesadas, tanto aos times quanto aos pilotos, em especial após ter estabelecido uma “lei da mordaça”, ameaçando até cassar as licenças dos pilotos considerados “mais rebeldes” nos questionamentos. A parceria da Porsche com a Penske, contudo, segue firme no IMSA Weathertech, o campeonato de Endurance dos Estados Unidos, onde conquistou mais uma vez o título da competição, e onde seguirá firme em 2026. E certamente dando uma banana mais do que merecida para a FIA por seus modos truculentos e questionáveis...

 

 

Colton Herta, que foi anunciado como piloto de testes da Cadillac na Fórmula 1, enfim definiu sua ida para o campeonato da F-2, tendo como objetivo conquistar a Super Licença para poder competir futuramente na categoria máxima do automobilismo. Herta será piloto da equipe Hitech na sua então temporada de estréia na F-2 em 2026, onde combinará seus compromissos de corrida recém-anunciados com o trabalho de desenvolvimento para a nova equipe americana em simulador e em treinos livres de GPs a serem anunciados. Este programa visa a manter um estreito alinhamento dos cronogramas da F-2 e da F-1, de modo a permitir a Herta uma integração perfeita com as operações de engenharia e corrida da Cadillac, garantindo que cada fim de semana contribua para seu crescimento a longo prazo. Para a temporada de estréia na F-1, a Cadillac terá Sergio Perez e Valtteri Bottas como seus pilotos titulares. Não há ainda uma previsão de uma possível entrada de Herta como titular da escuderia, o que passará primeiro pela obtenção da Super Licença disputando a F-2. A Cadillac já havia deixado claro que uma campanha na F-2 não garantirá a Herta uma vaga na F1 em 2027, descrevendo o empreendimento como um "risco enorme" para ele.